Por Giovanni Sá, Editor-chefe do Farol de Noticias

A semana começou com uma boa noticia anunciada pelo presidente da Câmara Municipal de Serra Talhada, Manoel Enfermeiro, que devolveu cerca de R$ 1 milhão aos cofres da prefeitura no fechamento do ano de 2023.

Ponto positivo, uma vez que a verba não utilizada obriga a devolução ao executivo. Manoel fez algo extraordinário? NÃO! apenas fez seu dever de ofício, mas que merece aplausos, uma vez que os recursos deverão ser destinados para obras públicas.

Mas noves fora nada, peguei este gancho para avaliarmos posturas de alguns parlamentares de Serra Talhada, ao longo do ano que passou. Foram vários projetos positivos e poucos debates produtivos em plenário. Mas nada foi tão escabroso em 2023, do que a Câmara de Vereadores ter agido como um ‘puxadinho’ do governo municipal. E não pode! os poderes são harmônicos e independentes.

Entretanto, as grandes discussões foram influenciadas por uma ‘eminência parda’ do governo Márcia Conrado, que sempre está presente no dia a dia do parlamento, opinando e até orientando vereadores em votações importantes. Entenda-se por eminência parda aquele que influencia governantes, mesmo sem ter sido eleito pelo voto direto, mas que vive atrás das cortinas. Um nojo!

Outra questão, que deve ser vista pelo eleitorado, é que alguns parlamentares legislam sem opinião própria, agindo como ‘lagartixas’ diante o interesse público. E aqui a carapuça não é para todos, claro. Levanto este debate na esperança de que este tipo de político seja demitido nas eleições 2023. Serra Talhada não comporta mais uma postura dos anos 60. Não há mais espaço para ‘coronéis’ ou déspotas.

Mas, felizmente, temos alguns bons vereadores que devem ser reconduzidos. A população tem na urna eletrônica o instrumento legal da ‘justiça com as próprias mãos’, dando valor aos que pensam independentes, sem amarras, sem o baixar de cabeça, sem ser serviçal de eminência pardas ou de governos tiranos. Ano de paz para todos!