Por Adelmo Santos, Poeta e escritor, membro da Academia Serra-talhadense de Letras

Publicado às 04h32 desta segunda-feira (23)

Essa é a banca de revista de Antônio de Bia, em 1983. Ela ficava na Praça Dr. Sérgio Magalhães, em Serra Talhada, em frente ao Banco do Brasil. Foi a primeira e a única da cidade. Foi um sonho de Antônio de Bia, que se tornou  realidade e contribuiu bastante  na cultura da cidade.

Antônio de Bia, que desde o início dos anos 70, sempre vinha contribuindo com a cultura e a literatura de Serra Talhada, vendendo livros, revistas e gibis pelas calçadas na feira Llvre e nas calçadas dos cinemas Art e Plaza.

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No início dos anos 80, conseguiu botar sua banca bem no centro da praça, no coração da cidade. Ele atendia os clientes, comerciantes e bancários, tinha uma caderneta onde as contas eram anotadas. A sua banca era equipada, se encontrava de tudo, era aonde os estudantes pesquisavam nas revistas para os trabalhos nos estudos. Quem diria que um dia, com a banca de revista em plena Praça Dr. Sérgio Magalhães, debaixo de um pé de castanhola, Antônio de Bia, com a ajuda de Raminho, entraria na história.

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Raminho foi importante nessa grande trajetória. Tomava conta da banca, eu me lembro como agora. Era o local das resenhas, bate papos e fofocas. Era a fonte das pesquisas nas manchetes dos jornais e nas reportagens das revistas. Era aonde os estudantes encontravam os assuntos preferidos pros trabalhos das escolas.

Serra Talhada era integrada ao sistema de telecomunicação DDD, tinha só uma emissora de rádio, “A Voz do sertão”, fundada em 1979. As imagens de televisão eram geradas pelas estações da TV da capital. TV Universitária, canal 11 e TV Globo, canal 13. Eram captadas por uma repetidora instalada num dos pontos mais altos da Serra Talhada e “sintonizados na cidade”.

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No censo de 1980 a cidade tinha 32.357 habitantes. Com apenas uma faculdade com nível superior, a Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada (Fafopst). Veja como era a praça com seus pés de castanholas, hoje está toda mudada com a sua nova reforma. Para quem não sabia como era a praça, essa crônica é um presente da história.