Publicado às 05h38 deste domingo (12)

*Imagem do ato inaugural ainda quando a prefeita Márcia Conrado e o deputado Duque estavam juntos

Desde que foi inaugurado, em junho do ano passado, o Abatedouro de Serra Talhada, que funciona na zona rural, e é privado, vive rodeado por problemas. No começo deste ano teve um problema estrutural e parte do teto caiu, e o equipamento ficou parado, mas retornou em agosto passado.

Neste final de semana a confusão tomou conta do local, porque o proprietário André Soares, 34 anos, que pagou cerca de R$ 450 mil de concessão à prefeitura, para assegurar a qualidade no funcionamento, decidou fechar às portas por que os proprietários de ovinos e caprinos estão fazendo abates clandestinos, para não se submeter as regras sanitária. Soares também tem queixas com relação aos proprietários de bovinos.

“O pessoal de caprinos e ovinos não voltou a abater com a gente porque eles não aceitam a fiscalização do veterinário. Querem que a gente entregue mercadoria podre, condenada, e por isso estão abatendo clandestinamente. Já o pessoal de bovinos estão abatendo em outra cidade e trazendo para Serra Talhada. Nossa bronca é com a Vigilância Sanitária, porque tudo está entrando no mercado público clandestinamente”, disse André Soares, reforçando:

“Outro problema é que a gente detém a concessão que diz que não se pode fazer abate em outra cidade, por isso eu suspendi os abates hoje (sábado). Só vou abater quando a gente sentar e formalizar esta questões que devem ser resolvidas com a Vigilância Sanitária, Adagro, prefeitura e promotoria”, disse o proprietário, em conversa com o Farol.

MÁRCIA CONRADO

Ainda durante a entrevista, André Soares disse que já levou o problema várias vezes ao conhecimento da prefeita Márcia Conrado, que aciona a Vigilância Sanitária, que não respeita as diretrizes e orientações da gestora.

“Já estive com a prefeita Márcia Conrado mais de uma vez, e sempre se prontificou a resolver, sempre pediu a Vigilância para resolver isso, só quando chega na hora da ação, a vigilância não resolve. Ontem mesmo foram abatidos 11 animais fora de Serra Talhada. Comuniquei a Vigilância que ficou de resolver, mas disse a mim que não poderia fazer nada, que os animais estavam prontos para o consumo. Eu questionei. A gente tem uma concessão, foi pago R$ 450 mil para isso. Não é brincadeira não. Tenho uma folha altíssima, e parei o abate. Só volto a abater quando a situação for resolvida”. A concessão me dá este direito do abate. Eles me cobraram R$ 450 mil e não fazem a parte dele”, disparou, Nesse sábado (11), foram abatidos cerca de 100 caprinos e ovinos clandestinamente em Serra Talhada, colocando em risco a saúde da população.