Apesar de oposicionista, o deputado Sebastião Oliveira (PR) deixou escapar um ponto de afinidade no qual concorda com atitudes do prefeito eleito Luciano Duque (PT). Em entrevista ao radialista Francys Maia, ele avaliou como normal a tática do PT, em Serra Talhada, de criar três novas secretarias no governo Duque, a partir de 2013. E evitou criticar a estratégia, não vendo isso uma forma de aumentar os gastos na administração municipal.

O ex-candidato a prefeito justificou sua análise comparando com a gestão do governador Eduardo Campos (PSB), que também acabou criando novas secretarias ao assumir em 2006. O que não representa, necessariamente, inchaço da máquina, entende “Sebá”. Ele disse que faria o mesmo, caso fosse eleito. O seu ex-adversário nas eleições, Luciano Duque, tem alertado que vai “apertar o cinto” para conter a despesa pública desnecessária neste começo de gestão, mas anunciou a criação das secretarias de Cultura, Tecnologia e Informação e Serviços Urbanos.

“Eu vejo isso como normal (criação de novas secretarias). Dá para ele (Duque) criar três novas secretarias sem aumentar a despesa pública e sem aumentar o número de cargos comissionados. Eduardo Campos fez isso quando assumiu em 2006. Realizou uma reforma administrativa que contemplou um número de secretarias e quadros técnicos que beneficiou as atividades ‘meio’, aquelas que pensam o governo; e mesmo assim, não aumentou a gastança pública. Se o prefeito (eleito) está pensando em fazer eficiência na gestão pública eu não vejo isso como nada demais”, avaliou o deputado de oposição.

Sebastião Oliveira chegou a dizer que iria fazer o mesmo caso fosse ele o candidato vencedor. “Seria um contrassenso se ele aumentasse o número de secretarias e criasse novos cargos comissionados. Mas se ele (Duque) fizer essas mudanças dentro da própria estrutura de governo, eu não, sinceramente, vejo nenhum problema. Era o que eu ia fazer se fosse eleito: criar novas pastas sem aumentar os cargos comissionados. Mas ia cortar na ‘gordura’ terceirizados, carros locados, alugueis de prédios…”, alfinetou o republicano, afirmando que Luciano pode encontrar mais dificuldades do que imagina. “Pois a perspectiva de receita para 2013 são menores que as deste ano”, lembrou o deputado.