Alemanha diz que ataques no Mar Vermelho são inaceitáveis
Questionado se iria responder aos ataques, o governo alemão afirmou que está avaliando todas as hipóteses possíveis sob a lei internacional e constitucional (Foto: DAVID GANNON/AFP)

Do Diario de PE

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha declarou que os ataques contra cargueiros no Mar Vermelho pelos dos rebeldes Houthis do Iêmen são “inaceitáveis e têm de parar”. A chancelaria alemã ainda acrescentou que Berlim está em contato com os representantes da União Europeia para a formação de uma potencial missão marítima do bloco na região.

Questionado se a Alemanha iria responder aos ataques dos Houthis, o governo alemão afirmou que está avaliando todas as hipóteses possíveis sob a lei internacional e constitucional.
Hoje (3), os Houthis reivindicaram a autoria de mais um ataque, desta vez contra o cargueiro CMA CGM TAGE que se dirigia para a “região ocupada da Palestina”. O porta-voz do grupo, Yahya Sarea, também deixou um aviso aos Estados Unidos: “Qualquer ataque não vai ficar sem resposta”.
O Mar Vermelho é uma das rotas de navegação mais importantes do mundo, que responde por cerca de 15% do comércio marítimo global.  Os recentes ataques com mísseis por rebeldes Houthis, que são apoiados pelo Irã e aliados do Hamas,  contra navios de contêineres representam um desafio para o setor de comércio exterior.
Apesar dos EUA terem decidido criar uma força multinacional para proteger as rotas da região, em dezembro várias companhias marítimas suspenderam temporariamente a navegação pelo Canal do Suez e do Mar Vermelho, apos muitas embarcações terem sido atacadas ao largo da costa do Iêmen. Essa medida afetou diretamente as operações de comércio exterior, uma vez que o Estreito de Bab al-Mandab é uma via marítima vital que conecta o Mar Vermelho ao Oceano Índico. Com o aumento da tensão na região, há um impacto imediato nas rotas de navegação e nos prazos de entrega, atingindo a eficácia e a segurança do transporte de mercadorias. A rota alternativa de contornar o Cabo da Boa Esperança acrescenta até 10 dias ao tempo de viagem dos navios, o que pode implicar em atrasos significativos e na elevação dos custos do seguro e transporte.