inocencio

Atualizado às 13h20 desta quarta-feira (3)

O deputado Inocêncio Oliveira (PR), um dos líderes do Partido da República na Capital do Xaxado e em Pernambuco, está encarando o prefeito Luciano Duque (PT) como o inimigo “número 1” dos planos de fortalecimento da legenda em 2016. Em entrevista à rádio Vila Bela FM, o cacique deixou claro que repudia qualquer possibilidade de aliança com o PT. A tese de Inocêncio é clara: o PR será engolido pela fome de poder do Partido dos Trabalhadores ao ponto até de desaparecer no município caso isso aconteça.

“Eu sou contra totalmente (aliança com Duque), pois se isso acontecer o nosso grupo vai se acabar e o PR não terá mais nada em Serra Talhada”, disse Inocêncio, descartando a formação de uma majoritária com Duque na cabeça de chapa e Waldemar Oliveira na vice. O ex-deputado, no entanto, foi menos radical com o ex-prefeito Carlos Evandro (PSB), abrindo brecha para uma parceria com o socialista. “Eu acho que pode ter essa união (com Carlos) em face dessa nova conjuntura política”, disse.

Inocêncio discordou que Sebastião Oliveira lance seu nome em 2016, mesmo despontando bem nas pesquisas de opinião. Na visão do líder republicano, o primo está muito bem como secretário dos Transportes e deputado federal licenciado. “Pois Sebastião é considerado o melhor secretário do governo Paulo Câmara”. Inocêncio ratificou ainda, após rechaçar a união com Luciano Duque, que o PR terá candidatura própria nas próximas eleições e que o melhor nome, na sua visão, seria o advogado Waldemar Oliveira.

FIQUE POR DENTRO

No mês passado, o prefeito Duque viajou até Recife para conversar reservadamente com o ex-deputado Inocêncio Oliveira. O cacique revelou o teor da conversa ao FAROL com exclusividade e disse que Luciano havia procurado o ninho do PR para propor uma parceria em 2016. “Ainda bem que ele me respeitou e não pediu o meu apoio. Orientei ele a tratar disso com Sebastião”, disse Inocêncio. Em 2012, o então candidato Luciano Duque dizia que Serra iria se libertar do atraso e do “coronelismo” votando contra Inocêncio Oliveira.