Fotos: Farol de Notícias / Max Rodrigues 

Publicado às 04h56 desta quinta-feira (12)

No dia 11 de agosto é comemorado o dia nacional do Advogado no Brasil, data que teve início em 1827 com a abertura das 2 primeiras faculdades de Direito do País. Desde então a profissão é lembrada com honra por todos aqueles que atuam e admiram. A reportagem do Farol de Notícias entrevistou o advogado Pio Alves de Queiroz, 71 anos, que apesar da aposentadoria, afirma que só para de advogar quando parar de respirar.

Formado desde 1990 pela Universidade Gama Filho no Rio de Janeiro, Dr. Pio, que vinha de uma carreira militar, resolveu seguir seu sonho. Já com 37 anos e uma profissão com estabilidade, partiu para encarar os estudos e se tornar advogado. Hoje é um dos advogados mais antigos e atuantes na Capital do Xaxado, sente muito orgulho da profissão e não pensa em parar nem tão cedo.

“Morei 25 anos no Rio de Janeiro, eu era policial militar, em 1990 eu me formei e em julho de 1991 eu comecei a advogar. Na época em que eu era policial militar, eu via que a única profissão que eu me adequava seria a de advogado e assim eu abracei essa profissão. Entrei na universidade em 1987 com 37 anos, já foi bem tarde, mas já entrei com vontade de me formar mesmo. No dia em que eu fui fazer os exames na universidade, eu tinha passado no vestibular para o segundo semestre, quando o rapaz viu minha identidade, disse que tinha vaga para o primeiro semestre e perguntou se eu queria começar logo e aproveitei a oportunidade”, explicou, completando:

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“A trajetória ao longo do curso foi um pouco difícil porque eu tive uma certa dificuldade, devido eu ter começado muito tarde e tinha terminado o ensino médio aqui em Pernambuco há bastante tempo, mas eu consegui superar. A profissão de advogado é uma profissão muito nobre, primeiro porque ela tem o aval da Constituição Federal e nós advogados somos um dos pilares da democracia, estamos prontos e preparados para fazer prevalecer a ética e fortalecer a justiça no sentido de ajudar a sociedade, para que sejamos uma sociedade mais justa, mais equilibrada, mais ética e esse é o nosso propósito”.

O advogado relata fazer um pouco de tudo, até brinca falando que é o clínico geral do direito. “Eu faço mais processo civil, na verdade sou um advogado como se diz na história, um clínico geral, de tudo eu faço um pouco, faço penitenciário, trabalhista, criminal, previdenciário. Sou muito realizado com minha profissão, eu abracei a profissão com muita vontade de ser advogado, depois que eu terminei o curso eu tive o maior cuidado de me preparar o mais rápido possível para poder começar logo a atuar na profissão, prova disso é que assim que terminei a faculdade eu procurei logo sair da polícia militar”, ressaltou.

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O LEGADO DO DIREITO

Natural de Triunfo, no Sertão do Pajeú, Dr. Pio foi para Recife ainda muito moço, foi Fuzileiro Naval e depois se mudou para o Rio de Janeiro onde se tornou Policial Militar, foi atuando como PM que percebeu que precisava fazer Direito e trabalhar na profissão. Hoje, com dois filhos e um neto na área, ele sente orgulho de seu legado e deixa um conselho para todos os jovens que querem atuar na profissão.

“Meu conselho para os jovens advogados é que persistam na profissão, é uma profissão nobre que na verdade como a gente diz no dia-a-dia, o advogado mata um leão por dia e guarda outro para o próximo dia. Eu já sou aposentado desde 2015 e continuo atuando, só pretendo parar quando a respiração me faltar, eu amo advogar. Me sinto muito feliz porque é uma profissão muito digna, não somos bem reconhecidos a gente tem tantas coisas difíceis, o caminho é tão pedregoso para que a gente possa seguir na caminhada, mas vale a pena”. Antes de encerrar a entrevista, Pio Queiroz fez questão de agradecer ao Farol.

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“Quero agradecer pela gentileza de vocês do Farol de Notícias terem vindo aqui e me escolhido para representar os advogados, me sinto muito lisonjeado e horando por esse momento e quero desejar a todos os advogados, uma feliz Dia dos Advogados, que Deus conserve essa natureza da defesa no direito da sociedade, que a gente siga nessa caminhada”.