selo-farolFotos: Farol de Notícias / Manu Silva

O potencial empreendedor das mulheres têm crescido em Serra Talhada em função da independência financeira em relação aos companheiros e da realização profissional. Como é o caso da cozinheira Maria do Socorro Carvalho Marques dos Santos, de 36 anos, moradora do bairro Ipsep. A Coca Marmitex, que após viver 16 anos em São Paulo trabalhando como costureira, vendedora, e até auxiliar de limpeza; viu na Capital do Xaxado uma oportunidade de montar o seu próprio negócio e afugentar o fantasma da crise.

O FAROL DE NOTÍCIAS foi conhecer a ‘mini-empresa’ e conversou com Maria do Socorro, que revelou que com apenas 4 meses de trabalho já consegue ter um lucro médio de R$ 1.800 por mês. O bom humor e a vontade de trabalhar também temperam as penelas de Coca, que mesmo cheia de queimaduras não perde o sorriso e não desiste do negócio. A empresária atribui o sucesso da marmitaria a divulgação que tem feito, inclusive nas redes sociais, a ajuda dos amigos e clientes, além da qualidade das suas marmitas, que diz fazer com muito amor.

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“Sai de Serra com 17 anos e graças a Deus deu certo lá porque muitos nordestinos vão e acabam embaixo de uma ponte. Trabalhei em muitas coisas, auxiliar de limpeza, costureira, vendedora em loja. Mas há dois anos e meio resolvi voltar, a empresa do meu marido fechou e viemos para ter mais sossego, evitar o contato do meu filho com a violência e as drogas. Hoje ele tem 14 anos e tenho outra filha de 7 anos. Fui costureira, mas a mulher que trabalha fora não tem muito tempo para família. Então, em novembro resolvi cozinhar que é uma coisa que amo fazer. Ajudo em casa, tenho minha independência financeira e ainda posso cuidar da minha casa e da minha família”, detalhou.

Segundo Maria do Socorro, ela investe cerca de R$ 700 reais por mês e consegue ter faturar mais que o dobro do valor. “O prazer de ter o meu dinheiro está em se sentir útil, mas poder ir na rua e comprar uma roupa, um calçado, meus filhos pedirem algo e eu não ter que depender do meu marido para tudo. Hoje nós dividimos as contas, mas meu começo foi mais difícil. Acho que vinham só uns quatro a cinco clientes e com a divulgação por boca a boca, cartões, amigos, whatsapp que eu tenho um grupo, tenho umas 20 marmitas diárias, fora os que aparecem uma vez ou outra. E claro boa comida, bem temperada, com carinho e amor ao que eu faço”, afirmou a cozinheira.

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