Após o caso de denúncia de maus tratos contra o aposentado serra-talhadense Paulo Fernandes dos Santos, de 58 anos, morador do bairro Borborema, a direção do Hospital Professor Agamenon Magalhães (Hospam) emitiu uma nota de esclarecimento sobre o ocorrido nesta segunda-feira (4).

Em contato com o Farol de Notícias, Poliana Fernandes, a irmã de Paulo afirmaram que ele tem epilepsia e que há alguns dias buscou o hospital com fortes dores no ouvido. Em nota, a direção explicou que realizou procedimentos padrões para conte-lo diante da crise nervosa. E que os profissionais de saúde não realizaram a limpeza no ouvido do paciente devido uma inflamação.

NOTA DO HOSPAM SOBRE O CASO

Bom dia Farol, e a todos que acompanham o Farol,

Diante da denúncia sobre “maus tratos” ao paciente P.F.S, de 58 anos. Esta direção averiguou os fatos, inclusive as filmagens das câmeras, relato dos funcionários e o boletim do paciente para poder emitir a nota.

O paciente referido acima deu entrada na emergência do Hospam às 08:39 com queixa de dor no ouvido e solicitando uma lavagem no ouvido. O paciente foi atendido pelo 1° clínico que solicitou a lavagem de ouvido, mas não realizou o procedimento.

Foto: Celso Garcia/Farol de Notícias

O paciente se encontrava nervoso e irritado desde o começo do atendimento e a todo momento a equipe buscou acalma-lo e explicar a situação, uma vez que a lavagem (solicitada pelo paciente), não poderia ser realizada naquele momento pois o ouvido estava com processo inflamatório.

Paciente apresentou uma crise convulsiva, foi estabilizado e colocado na sala vermelha, após a crise o 2° clínico do plantão reavaliou o paciente, prescreveu soro, Diazepam e Tilatil (Tilatil medicamento utilizado para tratar a inflamação no ouvido) prescreveu medicamentos para tratar a infecção do ouvido em casa, suspendeu a lavagem de ouvido, fez a orientações e liberou o paciente.

O paciente não aceitou a suspensão da lavagem de ouvido e permaneceu insistindo com a equipe para fazer a lavagem. O paciente continuou na emergência e encontrou o cirurgião na sala de procedimento, o cirurgião havia sido chamado pra realizar uma sutura, o paciente abordou o cirurgião solicitando que ele realizasse a lavagem.

O cirurgião informou que não realiza o procedimento e o paciente reagiu de forma agressiva tentando empurrar o cirurgião, nesse momento o vigilante e o porteiro interviram realizando a contenção física no paciente, retiram o paciente da sala de procedimento e conteram o mesmo de forma mecânica (inclusive outros acompanhantes que estavam no local ajudaram a conter a agitação do mesmo) para realizar as contenção medicamentosa.

O paciente permaneceu agitado mesmo contido e só veio acalmar quando a irmã chegou para acompanhá-lo. Em nenhum momento os funcionários mal trataram o paciente em questão.

As imagens mostram o paciente em contenção mecânica, onde talas são colocadas em regiões específicas como: punhos, tornozelos e tórax, para que o paciente possa acalmar-se da agitação.

Foi tentado realizar a contenção física e psicológica, onde a equipe de enfermagem, seja técnicos e enfermeiros do setor tentaram conversar com o paciente para explicar o porque da não realização do procedimento em questão.

Queria fazer um convite a família do paciente para que venham ao Hospam para verificar as imagens, uma vez que respeitamos o direito de imagem do paciente, para que possam verificar toda a abordagem realizada por nossa equipe.

Aproveito também para me colocar a disposição para tentarmos solucionar a demanda em questão, uma vez que o paciente necessita de uma consulta com um médico otorrinolaringologista.

Nos colocamos a disposição da família para quaisquer dúvidas. Desde já agradecemos ao Farol pela abertura do espaço para que o Hospam possa mostrar a versão dos fatos e dizer que temos total respeito pela segurança e a saúde da população.

Sem mais para o momento, atenciosamente

Leonardo Carvalho

Diretor Geral HOSPAM