Do G1

Armênia e Azerbaijão confirmaram a presença de seus chanceleres em Moscou, nesta sexta-feira (9), para negociarem o fim do conflito na região separatista de Nagorno-Karabakh, informou o Kremlin.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, convidou os chanceleres da Armênia e do Azerbaijão a irem a Moscou para negociações de paz e pediu a suspensão dos combates na região separatista.

Localizadas no Cáucaso, Armênia e Azerbaijão pertenceram à União Soviética (1922-1991). A Rússia tem aliança militar com os armênios, mas atualmente mantém boas relações com o governo azeri e não se mostra interessada em um conflito na região.

No começo da semana, o presidente do Azerbaijão condicionou qualquer cessar-fogo à retirada das forças armênias de Nagorno-Karabakh. A Armênia disse que está disposta a trabalhar com o grupo de mediação liderado por Estados Unidos, Rússia e França — o Grupo de Minsk, que existe desde os anos 1990.

Ainda de acordo com o Kremlin, Putin conversou tanto com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, quanto com o primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan.

Desde 27 de setembro, separatistas armênios da autoproclamada República de Nagorno-Karabakh e forças do Azerbaijão entraram em confronto. O saldo oficial é de 300 a 400 mortos — cerca de cinquenta deles civis.

Esse balanço, no entanto, é muito tendencioso e pode ser muito maior, já que cada lado afirma ter eliminado milhares de soldados inimigos.

Até agora, vários pedidos de trégua da comunidade internacional foram em vão.

Além disso, cerca de 70 mil pessoas — metade da população de Nagorno-Karabakh — precisaram deixar suas casas por causa do conflito.