Pernambuco, conhecidos por disseminar a cultura popular através da arte voltada para o ‘Carnaval dos Papangus’, produzem máscaras que são exportadas para países como Portugal, Suíça, Alemanha, Canadá, Estados Unidos e Japão, entre outros.
O presidente da Associação de Artesãos de Bezerros, José Pedro, conta que a Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) é uma das oportunidades para que os artistas possam mostrar os trabalhos para pessoas de outros estados e países. “Um pessoal da Itália comprou uma vez e disse que iria levar para mostrar como são feita as máscaras. Eles compraram uma de cada artesão que estava expondo”.
Máscaras de Bezerros são exportadas paradiversos lugares (Foto: Reprodução/TV Asa Branca)
Lula Vassoureiro é um dos artesãos que já exportaram máscaras. “Na semana passada eu mandei 12 máscaras para o Japão. Uma mulher ligou e depois pediu para uma pessoa do Recife vir e combinar. Ela tem lojas lá e fez o primeiro pedido para conhecer e produtos e fazer um teste”, conta.
O artista, que também é carnavalesco e tem o título de Patrimônio Vivo, já visitou países como Estados Unidos e Pensilvânia e mostrou como realiza o ofício. “Levei o meu trabalho para pessoas de vários lugares e isso é legal. Tenho a humildade sempre no meu coração”, relata.
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, as peças produzidas e exportadas são de diferentes formas, como máscaras gigantes decorativas e imãs de geladeiras. Os artesãos ultilizam materiais como papel machê, metal e tecido. No período carnavalesco, a cidade recebe aproximadamente 300 mil visitantes, incluindo pessoas de outros países.
Tradição diz que mascarados entravam nas casasem Bezerros (Foto: Chico Ludermir / Fundarpe)
Terra dos Papangus
A tradição na “Terra dos Papangus” conta com desfiles e concursos. A categoria competitiva Adulto – ocorre todos os anos aos domingos na Praça Centenária. Ao final deste etapa, os participantes e a multidão seguem em cortejo no Bloco do Papangu.
Os personagens “Papangus” surgiram no século XIX. Para entrar na Casa Grande e comer dos melhores banquetes, os escravos se vestiam com fantasias que cobriam totalmente o corpo e usavam máscaras, de acordo com a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).
Do G1 Caruaru