Artistas cobram prorrogação da LPG em ST e Josenildo é questionado

Publicado às 19h40 desta segunda-feira (16)

Pelo menos 50 artistas não conseguiram protocolocar seus projetos na Lei Paulo Gustavo (LPG) junto à Fundação Cultural de Serra Talhada e ficaram prejudicados, segundo informaram produtores à reportagem do Farol. Hoje foi o último dia de entrega dos projetos junto à Fundação Cultural de Serra Talhada, que fechou as portas da instituição britanicamente às 17h, causando indignação em muita gente que questionou a falta de sensibilidade da gestão Márcia Conrado e do gestor da Casa da Cultura, Josenildo André.

Tal qual a LPG em nível estadual, em que houve prorrogações na inscrição para que ninguém ficasse prejudicado, os artistas serra-talhadenses cobraram uma posição de Josenildo. Ele afirmou que essa possibilidade será avaliada, mas não deu garantias. “Nós vamos sentar com a comissão e tomar uma decisão”, disse o gestor, sendo questionado pelos artistas. “Normalmente não é assim, Josenildo, normalmente prorroga antes de encerrar as inscrições”, questionou a produtora cultural Cleonice Maria.

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“Eu posso dizer que há interesse [em prorrogar as inscrições], agora a possibilidade eu não posso dizer”, rebateu o gestor da Fundação. “A questão é de ter sensibilidade com os artistas”, retrucou o escritor Paulo César Gomes [veja o vídeo abaixo]. Dentre as críticas nesta tarde, além da ausência de prorrogação das inscrições, uma delas foi a forma considerada por muitos “atrasada”, burocrática e lenta escolhida pela Fundação para receber os projetos. A gestão optou por protocolar as documentações fisicamente, atendendo morosamente, um por um, após às 17h. O que causou uma grande fila de espera.

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“Em pleno século 21, com todos os editais do Estado e governo federal funcionando de forma digital, a Prefeitura cobrou a entrega pessoalmente e ainda por cima fazendo a gente imprimir um calhamaço de papel. É preciso que eles se atualizem sobre isso urgentemente e informatize esse processo, é atrasado demais, burocrático e estressante”, comentou outro produtor, indignado.

TRANSPARÊNCIA SOBRE RECURSO: “CADÊ OS R$ 92 MIL?”

O clima esquentou, especialmente, devido a forma com que Josenildo André respondeu a alguns artistas, rispidamente. A presidente da Fundação Cabras de Lampião, Cleonice Maria, foi aplaudida pelos artistas ao cobrar menos burocracia no edital para que os recursos da Lei Paulo Gustavo sejam, realmente, acessíveis à classe artística da Capital do Xaxado.

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“Serra Talhada está entrando na contramão do Brasil, o presidente Lula não defende esse formato que está acontecendo aqui, tem que ser um formato simplificado, tem que dá acesso às pessoas a esse recurso. Inclusive cadê os R$ 92 mil do edital que não aparece? Tem que falar, tem que dizer, a gente tem que falar e tem que dizer”, cobrou. “Ninguém diz o que é que vai ser feito com ele [os R$ 92 mil]”, questionou o produtor e músico Zé Orlando.

VEJA COMO FOI O CLIMA NESTA TARDE NA CASA DA CULTURA NO VÍDEO ABAIXO