Da Folha de PE

Diante do aumento da pobreza e da fome no Brasil e em meio à expectativa de aprovação da PEC Eleitoral, que vai reajustar o valor do Auxílio Brasil para R$ 600, a procura pelo benefício disparou pelo país. O auxílio maior vai apenas até o fim deste ano, coincidindo com o período das eleições.

As filas nos centros de assistência social voltaram e prefeituras relatam um aumento nas tentativas de cadastro. Especialistas em políticas sociais, no entanto, criticam o desenho do programa, lembrando que hoje já há muitos excluídos dos cadastros de beneficiários. Ou seja, que estão na “fila da fila” e que, se não se cadastrarem, seguirão sem receber o benefício. Os analistas lembram ainda que o auxílio tem data para acabar: dezembro de 2022.

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A PEC Eleitoral prevê zerar a fila para receber o Auxílio Brasil, mas só serão consideradas as pessoas que tiverem inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) de benefícios sociais na data de promulgação do projeto. Quem se cadastrar depois disso, ficará em uma nova fila.

“As pessoas estão tentando se cadastrar e não conseguem, porque as prefeituras não estão dando conta de tanta procura. Já as pessoas que se cadastraram continuam na fila sem saber se vão receber, mesmo dentro dos critérios. O principal questionamento delas é: já que vão aumentar o valor, será que vão liberar para todos que estão na fila?”, relata Paola Carvalho, diretora de Relações Institucionais da Rede Brasileira de Renda Básica.

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Na manhã desta quinta-feira (7), Centros de Referência e Assistência Social (Cras) das prefeituras de várias cidades pelo Brasil amanheceram com filas de pessoas interessadas em se cadastrar ou atualizar seus dados no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal.