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Foto: Alejandro García/Farol

O governo do Estado, numa fiscalização após denúncias dos vereadores da oposição, identificou a ausência de documentos técnicos importantes, como planilhas de engenharia, detalhando o teor do projeto de asfaltamento do Ipsep. A confirmação partiu do próprio secretário de Obras de Serra Talhada, Cristiano Menezes, durante entrevista à rádio A Voz do Sertão AM, esta semana. Outra curiosidade é que Cristiano jogou parte da culpa pelo mega-atraso na obra do bairro nos parlamentares que protocolaram o pedido de vistoria.

“A gente entende que, pela forma que foram encaminhados determinados assuntos, isso (a fiscalização) pode ter prejudicado um pouco a obra, porque o pessoal lá do governo do Estado ficou meio receoso. E aí quiseram fazer diligências, vir até aqui para fiscalizar. Talvez, como tenha sido conduzido a questão deve ter prejudicado o andamento da obra”, acusou Cristiano Menezes, continuando:

“A gente acredita que (os pedidos de fiscalização) como causam receio naqueles que podem liberar o dinheiro não, é? O cara fala: preciso que vocês vão lá avaliar a obra, então se dá uma freada (na obra). E nesse meio tempo aí, o pessoal identificou que faltavam alguns documentos de engenharia, planilhas e algumas justificativas técnicas sobre o projeto”.

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FIQUE POR DENTRO

As obras de asfaltamento do bairro Ipsep começaram em novembro de 2013. De lá para cá, pouca coisa avançou. O asfaltamento está orçado em mais de R$ 1,6 milhão. A empresa vencedora da licitação foi a RP Construção e Refrigeração, que tinha até abril de 2014 para concluir o serviço.

O governo do Estado já repassou duas parcelas do dinheiro garantido pelo FEM (Fundo Estadual de Apoio ao Municípios) à prefeitura.

Diante a deterioração do asfalto, vereadores protocolaram pedido de investigação junto ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) para averiguar possíveis erros na execução e planejamento da obra. Até agora não há qualquer previsão para o reinício dos trabalhos.