Da Folha de PE / Reprodução / Netflix

O ator que interpretou o ex-astro de futebol americano cuja trajetória serviu de inspiração para o roteiro do filme “Um Sonho Impossível” saiu em defesa da atriz Sandra Bullock e disse que ela não deve perder a estatueta do Oscar pelo papel no longa metragem. Quinton Aaron afirmou ao “TMZ Sports” estar furioso com a reação de internautas e os apelos pela retirada da premiação da artista, já que ela nada tem a ver com as recentes declarações de Michael Oher.

“Fazer uma declaração como essa não faz sentido” disse Aaron. “Sandra Bullock não teve nada a ver com a história real que estamos lendo agora”.

O ex-jogador de futebol americano compartilhou uma nova versão sobre sua vida num livro autobiográfico lançado em 8 de agosto, “When Your Back’s Against The Wall” (Quando Suas Costas Ficam Contra a Parede). Oher disse ter descoberto que foi enganado e privado de milhões de dólares pelos pais — Sean e Leigh Anne Tuohy — que, na verdade, nunca o haviam adotado. O ex-jogador afirmou, ainda, que boa parte do que é contado no filme é mentira.

Quinton Aaron interpretou Michael Oher no filme. Já Bullock fez o papel de Leigh Anne Tuohy. O ex-jogador acionou o tribunal do condado de Shelby, no Tennessee, de acordo com a imprensa internacional. Ele alega que a família disse tê-lo adotado, mas fez uma tutela para ter acesso aos royalties da produção de Hollywood. Depois disso, nas redes sociais, internautas passaram a cobrar que Bullock perdesse o Oscar e que Leigh Anne Tuohy fosse punida por supostamente explorar Oher.

A família nega que tenha enganado o ex-jogador de futebol americano ou enriquecido indevidamente com o filme. Ao site Daily Memphian, Sean Tuohy disse que a família optou pela tutela para garantir que Oher pudesse praticar o esporte na Universidade do Mississippi. Isso, depois de consultar um advogado que negou ser possível adotar maiores de 18 anos, como Oher já era na época.

Segundo Sean Tuohy, todos os parentes receberam uma mesma quantia: US$ 14 mil (quase R$ 70 mil, na cotação atual) e atribuiu a vida de luxo do clã à venda de um conglomerado de franquias de fast-food.