Da Folha de PE

A compra do famoso retrato de Marilyn Monroe, feito pelo americano Andy Warhol (1928 – 1987), causou frisson no mundo cultural e colocou em evidência um discreto investidor de artes. Larry Gagosian desembolsou US$ 195 milhões pelo quadro, elevando-o ao status de obras mais cara já produzida no século 20.

Aos 77 anos, Gagosian é dono de um império de galerias de arte, com 19 espaços de exibição espalhados pelo mundo, de Nova York a Hong Kong. Ele é considerado um dos maiores negociadores de arte do mundo, com vendas anuais estimadas em US$ 1 bilhão.

Neto de imigrantes armênios, estudou literatura inglesa na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA). Começou a carreira vendendo pôsteres em um estacionamento a cidade nos anos 1970, para mais tarde se tornar uma das figuras mais poderosas no mundo das artes.

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Ele já representou Warhol e vendeu suas serigrafias ao colecionador de arte suíço Thomas Ammann em 1986. Tem em sua lista de obras de arte exemplares de Damien Hirst, Jeff Koons e Takashi Murakami, entre outros.

Discreto, costuma comprar quadros e esculturas em nome de investidores, como o CEO da Blackstone, Steve Schwarzman. Mas não revelou em nome de quem arrematou o retrato de Marylin, intitulado “Shot Sage Blue Marilyn”, na noite de segunda-feira.

Apesar de preferir o anonimato, Gagosian já protagonizou polêmicas disputas. Uma delas opôs o bilionário americano Leon Black e um membro da família real do Catar em torno da posse da escultuta de Pablo Picasso “Busto de Mulher”.

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Enquanto Gagosian argumentava que havia comprado a escultura para Black por US$ 106 milhões, um agente do xeque Sheikh Jassim bin Abdul Aziz Al-Thani e da Autoridade dos Museus do Catar diziam que haviam fechado negócio antes, por US$ 47,4 milhões. As partes chegaram a um acordo em 2017, e Black ficou com a escultura.