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Por Forum

A implosão do PL, partido de Jair Bolsonaro, na votação da Reforma Tributária – quando 20 deputados da sigla votaram a favor da proposta do governo Lula – resultou em um barraco no grupo de WhatsApp que reúne parlamentares da legenda.

Líder do partido, Altineu Cortês (PL-RJ) teve que bloquear o grupo, impedindo os deputados de enviarem mensagens, após a troca de farpas entre a ala bolsonarista e aqueles que votaram a favor da reforma.

A discussão começou quando Vinícius Gurgel (PL-AP) reclamou da perseguição de “extremistas” contra os 20 que votaram a favor da reforma.

“Só não fico ofendendo nas redes sociais quem vota de um jeito, então peço respeito, cada um tem seu eleitor”, escreveu Gurgel, emendando em seguida: “Não sou esquerda e nem de direita, sou conservador somente! Se quiserem pedir minha suspensão de comissões, expulsão, do jeito que vier tá bom! Não é comissão que vai me eleger!”.

A mensagem foi rebatida pela armamentista Júlia Zanatta (PL-SC), uma das aliadas mais ferrenhas de Bolsonaro. “Não sei por que tanto choro. Se tinham tanta certeza do voto, por que estão se explicando até agora?”.

Júnio Amaral (PL-MG), da ala bolsonarista radical do partido saiu em defesa da colega e desabafou.

“Essas tentativas de justificar o voto aqui no grupo da bancada fica parecendo que nós, bolsonaristas, somos otários para acreditar que se trata de um posicionamento verdadeiro a favor do texto, me ajuda aí. Como se ninguém soubesse como funciona”, escreveu.

Em seguida, Gurgel jogou a toalha: “Amigo, pede minha expulsão! Aqui não tem clima mais com vcs!!”. O parlamentar, antigo na sigla, ainda falou que é uma “tristeza vocês terem vindao pro PL”.

André Fernandes (PL-CE), um dos mais radicais, indagou: “Vocês quem?”. E leu de Gurgel: “Vc, amigo, é um deles, pede expulsão, não respeita! Preferia vc em outro partido”.

Fernandes rebate: ” Não me chame de amigo. Não lhe dei essa liberdade”.

Com os ânimos exaltados, Cortês bloqueou novas mensagens e pôs fim à discussão.