Publicado às 06h20 desta segunda-feira (28)

Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol

Aconteceu nesse domingo (27) um evento do Partido Liberal (PL) que funcionou como o ‘start’ da pré-campanha à reeleição do presidente da República, Jair Bolsonaro. Nada de diferente foi registrado, até o presidente fazer uso da palavra. É claro, mais uma vez se mostrou como um ‘salvador da pátria’ e ‘santo guerreiro’ na luta contra o mal. Na opinião do presidente ele comanda do time do ‘bem’ e todos do campos da esquerda fazem parte do ‘mal e do fogo do inferno’.

Difícil é o ‘Bozo’ provar o que diz, porque disse que em seu governo do bem não tem corrupção até hoje. Disse isso ao lado do ex-presidente Fernando Collor, afastado por corrupção e de mãos dadas com o ex-deputado Waldemar da Costa Neto, que foi preso e cumpriu pena por corrupção, e hoje comanda o ‘Centrão’, grupo de deputados fisiologistas que manipulam o ‘Orçamento Secreto’ no Planalto.

Noves fora nada, mais uma vez Bolsonaro teceu elogios ao coronel Carlos Brilhante Ustra, que foi condenado pela Justiça por crimes de tortura na ditadura militar. Aliás, o presidente tem orgasmos quando se refere aos crimes praticados pelos militares, durante os 22 anos de falta de liberdade de expressão neste país.

Também, durante o discurso, o chefe da nação fez questão de semear o ódio contra os que fazem oposição ao seu governo, pregando a união dos seus seguidores. “E esse exército é composto de cada um de vocês. Poderemos até perder umas batalhas, mas não perderemos a guerra por falta de lutar, vocês sabem do que estou falando”, disse Bolsonaro, meio enigmático.

O jogo está lançado. Que a vontade das urnas seja respeitada, e que o mal, com cheiro e rosto de botinas dos militares, seja derrotado. E tenho dito!