Da Revista Forum

O presidente Jair Bolsonaro intensificou a militarização do governo federal em sua gestão. Apesar das críticas e da atuação inadequada em muitas áreas, cresceu a presença de oficiais na administração.

Dos 21 ministérios, apenas um, o do Turismo, ainda não deu cargos comissionados a integrantes das Forças Armadas. Se considerados o Banco Central e a Advocacia-Geral da União, órgãos federais com status de ministério, o número sobe para três.

No total, desde 2019, cerca de 254 militares já trabalharam, ainda que temporariamente, em algum órgão do governo federal. Os dados foram obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) pela agência Fiquem Sabendo e pelo site Metrópoles.

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O Ministério da Defesa é o que tem a maior presença militar, com 56 cargos ocupados por integrantes das Forças Armadas, seguido de Justiça, com 43, e a Casa Civil, com 30 nomes. As outras pastas nomearam entre 22 militares, como é o caso do Ministério da Ciência, e apenas um, caso dos ministérios da Infraestrutura e da Mulher, Família e Direitos Humanos.

Para o posto de ministro, entre quedas e nomeações, pelo menos dez sempre estiveram sob o comando direto de militares. Algumas autarquias e empresas estatais, como o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) e os Correios, também foram presididas por integrantes das Forças Armadas.

E a presença militar no governo deve aumentar. Bolsonaro já prepara uma medida provisória para criar ainda mais cargos comissionados e gratificações para militares que atuam na Presidência e no Ministério da Defesa, de acordo com documentos revelados neste domingo (19).