Do CNN Brasil

Mais de 4 milhões de pessoas ficaram desalojadas e quase 200 morreram após inundações atingirem o estado de Assam, no nordeste da Índia, e o vizinho Nepal. Dezenas de pessoas estão desaparecidas.

A cheia no rio Brahmaputra, o décimo quinto maior do mundo, já causou diversos deslizamentos de terra e estragos em plantações da região.

Três grandes enchentes já foram registradas em Assam desde o final de maio, quando teve início a temporada de monções, que marca a passagem entre as estações seca e úmida. Só no estado indiano, 79 pessoas morreram.

“Assam tem enfrentado este problema há muito tempo”, destacou o ministro-chefe e autoridade máxima executiva do estado, Sarbananda Sonowal. Ele também agradeceu a solidariedade do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que instaurou um comitê de emergência.

O ministro de Recursos Hídricos, Ciência e Tecnologia de Assam, Keshab Mahanta, visitou nesta manhã as áreas afetadas pelas inundações, entregando alimentos e produtos básicos para a população. “A situação permanece crítica, com a maior parte dos rios com o nível acima da marca de segurança”, disse.

Além de gerir a crise hídrica, a Índia também enfrenta a crise sanitária do novo coronavírus. O país é o terceiro mais afetado do mundo pela pandemia, atrás dos Estados Unidos e do Brasil. Mais de 1,1 milhão de casos da Covid-19 foram registrados, com mais de 26 mil mortes.

No Nepal, o governo solicitou que moradores da região sul permaneçam em alerta para mais chuvas que estavam previstas para este domingo. Desde junho, mais de 110 pessoas morreram e outras 100 ficaram feridas em decorrência das inundações.

De acordo com o ministro do Interior, Murari Wasti, o número de mortos deve aumentar, já que 48 pessoas continuam desaparecidas. “Equipes de busca e resgate estão procurando por desaparecidos em diferentes lugares, mas as chances de encontrá-los com vida são pequenas”, afirmou.

Segundo a central de meteorologia de Kathmandu, a capital do Nepal, chuvas fortes devem cair sobre o país pelos próximos quatro dias.

(Com informações da Reuters)