Do JC Online
Segundo o Colunista Josias de Souza, o presidente Jair Bolsonaro (PL) está movendo-se nos bastidores como se quisesse potencializar a instabilidade que marca a transição de governo.
Em silêncio desde que foi derrotado, o presidente fala para aliados privados que pode deixar Exército, Marinha e Aeronáutica sem comando na posse do presidente eleito Lula (PT), de acordo com fontes próximas a ele.
Ainda segundo o jornalista, os três comandantes das três forças já mostraram que deixarão os postos ainda neste mês de dezembro, no governo Bolsonaro.
O petista viu-se compelido a apressar a seleção do ministro da Defesa. O escolhido foi José Múcio Monteiro.
A prioridade de José Múcio, que deve ter a indicação formalizada na próxima semana, é a substituição dos comandantes. Teria como responsabilidade ainda do governo atual, ainda no comando, efetivar as trocas.
Souza diz que o chefe de Estado insinua que não vai fazer tal ação, no entanto a tropa não pode ficar sem comando.
O capitão teria supostamente ameaçado adicionar a uma conjuntura já crivada de anomalias um fator adicional de conturbação. Além disso, um auxiliar aconselhou Bolsonaro a facilitar a transição na área militar, entretanto ele apenas ficou em silêncio.
Na última quinta-feira (24) de novembro, o presidente se reuniu com comandantes do Exército (Marco Antônio Freire Gomes), da Aeronáutica (Carlos de Almeida Batista Junior) e da Marinha (Almir Garnier).
Também participou do encontro o general Braga Netto, que foi o candidato a vice na chapa derrotada.