Uma mátéria veiculada neste sábado (27) no Jornal do Commercio revela um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) o qual denuncia que obras realizadas em Serra Talhada e cidades vizinhas passam a fazer parte, a partir de agora, de investigação federal.

Segundo matéria do jornalista Giovanni Sandes, a Delta Construções, envolvida no escândalo do bicheiro Carlinhos Cachoeira, apresentou uma série de irregularidades em dois contratos de manutenção de rodovias (tapa-buracos) em Pernambuco, fechados com o Departamento Nacional de Infrestrutura de Transportes (Dnit). Somados, os contratos chegam a mais de R$ 70 milhões.

A matéria do JC relata que um segmento de 141 quilômetros da BR-232, que vai do entorno de Serra Talhada a pouco depois de Salgueiro, está na mira de investigações da CGU. No relatório que foi encaminhado ao Minstério Público Federal (MPF), a Controladoria Geral da União relata que diante as irregularidades detectadas faltou a aplicação de punição à Delta no Estado, fato que era previsto em contrato.

Segundo a matéria do Jornal do Commercio, diante das constatações de fraude, a Controladoria Geral do Estado (CGE) também instaurou auditoria e começou a investigar os serviços da empreteira com órgãos vinculados às secretarias de Transportes e Cidades: Departamento de Estradas e Rodagens (DER) e Companhia Estadual de Habitação (CEHAB). Com o DER-PE há dois contratos de “tapa-buracos”, num total de R$ 11 milhões. Os resultados das investigações da CGE são esperados para o final de maio.

A Delta resumiu sua defesa em um longo comunicado divulgado em seu site. No texto, ele atribui os problemas ao ex-diretor da regional Centro-Oeste, Cláudio Abreu, preso na última quarta-feira. A empresa garante que cumpriu todos os seus contratos. As outras rodovias investigadas em Pernambuco são as BRs 110, 116, 122, 316 e 428. A auditoria da CGU abrangeu de 2007 a 2010, ou seja, contratos executados ou fechados no segundo governo Lula.

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