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Por Folha de Pernambuco

A Copa do Mundo Feminina deste ano, disputada na Austrália e Nova Zelândia, já está fazendo história por diversos motivos, seja pelos recordes de público, ou as partidas cada vez mais acirradas. E, se já não bastasse a luta das 32 seleções pela tão sonhada taça, há, ainda, uma competição à parte acontecendo, digna dos grandes palcos: a brasileira Marta e a canadense Sinclair duelam, nesta edição, para se tornarem a primeira jogadora, entre homens e mulheres, a marcar em seis edições diferentes do torneio.

Tanto Marta, quanto Sinclair defendem as cores de seus países desde a Copa do Mundo de 2003, disputada nos Estados Unidos. De lá para cá, a brasileira  venceu três edições de Copa América e duas dos Jogos Pan-Americanos, se tornou a maior artilheira da história do Mundial, entre homens e mulheres, com 17 gols, um a mais que o alemão Miroslav Klose.

Já a canadense, campeã das olimpíadas de Tóquio e maior goleadora de uma seleção, também entre homens e mulheres, com 190 bolas na rede, já marcou dez vezes em 21 jogos que disputou na Copa do Mundo, e também está de olho no recorde.

Marta não vive o seu melhor momento, mas segue como referência

Com o peso de ser a camisa 10 do Brasil e seis vezes eleita pela Fifa como a Melhor Jogadora do Mundo, Marta chega para essa Copa do Mundo longe de sua melhor forma física. A brasileira, de 37 anos, vem se recuperando de lesão do bíceps femoral da posterior esquerda, sofrida ainda em 2022, enquanto atuava pelo seu clube, o Orlando Pride, dos Estados Unidos.

De lá para cá, a jogadora precisou ficar de fora de diversos jogos da seleção brasileira, incluindo a Copa América do ano passdo, conquistada pelo Brasil, e a Finalíssima, disputada neste ano e que reuniu a Amarelinha e a Inglaterra campeã da última edição da Eurocopa. Na ocasião, a ausência da camisa 10 brasileira com certeza foi sentida, já que as inglesas triunfaram nos pênaltis após empate em 1 a 1 no tempo normal.

Nesta edição da Copa do Mundo, a brasileira ainda tenta recuperar o ritmo de jogo, e deve começar como opção no banco de reservas da técnica Pia Sundhage durante todo o torneio, como foi na estreia, contra o Panamá, que foi goleado pelo Brasil por 4 a 0. A rainha não marcou, mas teve uma boa participação e segue como grande nome do time para esta edição do campeonato.

Sinclair já teve chance de fazer história

Christine Sinclair é a estrela do Canadá para Copa do Mundo, mesmo aos 40 anos. Ainda assim, a jogadora, que é titular absoluta do time e a principal referência no ataque, passou em branco tanto no empate em 0 a 0 com a Nigéria, na estreia do time no torneio, como também na vitória por 2 a 1 sobre a Irlanda na segunda rodada.

Como a canadense jogou antes de Marta, parecia que ela levaria a melhor na disputa individual. No entanto, o que parecia um sonho, se tornou um pesadelo. A joia canadense não só jogou mal em ambas partidas, desperdiçando diversas boas oportunidades no ataque, como também perdeu um pênalti que a tornaria a primeira jogadora a marcar pelo menos um gol em seis edições de Copa do Mundo.

Apesar do duelo pelo recorde, o objetivo é o mesmo

Por mais que as atletas estejam travando uma batalha para escrever ainda mais seus nomes na história, o obetivo final das duas é o mesmo: o tão sonhado título da Copa do Mundo. Ambas jogam o torneio pela sexta e última vez em suas carreiras e levar o troféu para casa, acima de tudo, é o mais importante.

Assim, o Brasil entra em campo neste sábado (29), às 7h, em duelo contra a França, que deve valer não só a liderança do Grupo F, como também a classificação para a próxima fase. Já o Canadá entra em campo na segunda-feira (31) para enfrentar a Austrália, também a partir das 7h.