Há um ano do pleito municipal, mais uma vez, o bairro do Mutirão volta a ser alvo dos discursos políticos. Durante entrevista de rádio, nessa sexta-feira (7), o deputado Sebastião Oliveira (PR) anunciou que dentro de 60 dias as obras no bairro recomeçarão a todo vapor e deu até prazo para o final dos trabalhos: julho de 2012. Incomodado com o tom ‘paternalesco’ de Sebá em relação à obra, o petebista Augusto César chamou o feito à ordem para defender o verdadeiro autor do projeto.

“É bom que se diga que o DNA dessa obra é do nosso grupo político. Foi um pleito do deputado Augusto César Filho, com apoio dos senadores Armando Monteiro Neto e Humberto Costa”, disparou, aproveitando para alfinetar o deputado Sebá. “Até agora só tive ônus. Então ele (Sebastião) aparece para ter o bônus? E por que só agora surgiu este desejo?”, disparou Augusto César.

A questão é que as obras no bairro já foram paralisadas diversas vezes e os moradores do Mutirão vêm sofrendo por conta dos constantes problemas em torno do projeto de urbanização do local, orçado em R$ 5,5 milhões. “Estive com o secretário das Cidades, Danilo Cabral, e com o presidente da Companhia de Habitação de Pernambuco (CEHAB) e eles me mostraram planilhas e programação de trabalho. Em julho de 2012 tudo estará pronto. Pode anotar”, anunciou Sebastião Oliveira, pré-candidato a prefeito de Serra Talhada.

Em outra oportunidade, o parlamentar também informou que teria levado o pedido de aceleração das obras do Mutirão ao próprio governador Eduardo Campos (PSB). “Eu nunca apareci para pedir a paternidade das obras do aeroporto”, reforçou Augusto César. O petebista revelou que também esteve com o secretário das Cidades, Danilo Cabral, na última quarta-feira (5), e as mesmas informações repassadas ao deputado Sebastião Oliveira também foram repassadas para ele. “O governador assumiu este compromisso com o povo de Serra Talhada durante o seminário Pernambuco para Todos. A ação foi do nosso grupo mas quem resolve é o governador”, finalizou César, deixando entendido que a obra tem “pai” e árvore genealógica.