Os vereadores que fazem oposição ao governo Luciano Duque (PT) só ficaram na ameaça e não ingressaram com qualquer representação para cancelar o carnaval de Serra Talhada. O anúncio do cancelamento foi feito com estardalhaço pela imprensa, mas a iniciativa naufragou. Na prática, os parlamentares ficaram esperando pelo autor da proposta e nada saiu do papel. A ideia de motivar o cancelamento dos festejos de Momo partiu do próprio deputado Sebastião Oliveira (PR), que provocou a sua bancada de oposição.

Alheio às críticas, o governo define nesta sexta-feira (1) se haverá ou não carnaval na Capital do Xaxado. O secretário de Cultura, Anildomá Souza, já tem uma reunião agendada com o prefeito que dará a palavra final. “Já estou com o carnaval todo montado. Tudo está pronto e previamente organizado. Mas após esta conversa definiremos se haverá ou não”, disse o secretário, que defende a realização da festa não por fazer parte do calendário de eventos da cidade. “Mas por ser uma ação cultural que o município precisa fortalecer”.

Uma crítica que não pode ser feita ao secretário de Cultura é que ele (Domá) não tem coerência. Durante o primeiro governo do então prefeito Carlos Evandro, o secretário, na época, assessor da Casa da Cultura, fez duras críticas ao gestor por deixar de realizar o carnaval no ano em que era celebrado o Centenário do Frevo. O secretário não perdoou o ‘boicote’ e protestou pelas ondas do rádio.