Casa de Farinha mantem tradição familiar na zona rural de ST

Fotos: Arquivo Pessoal / cedidas ao Farol de Notícias

Publicado às 05h desta quinta-feira (27)

Um conhecimento ancestral que é cultivado no Brasil desde os nativos povos indígenas é hoje um dos principais elementos da cultura e gastronomia do Norte e Nordeste. A farinha de mandioca que já virou elemento de verso e de complemento do pirão ou do feijão é feita tradicionalmente em Casas de Farinha.

Em Serra Talhada, uma dessas fábricas de pouca tecnologia e muita sabedoria persiste ao tempo no distrito de Tauapiranga. Inaugurada em 2005, a Casa de Farinha São João foi uma criação de Manoel José de Moura para dar espaço para a Farinhada.

A modalidade comercial vem alimentando pelo menos três famílias da comunidade que juntas descascam, cortam, lavam, coam, secam e torram a goma para fazer a farinha e o beiju. Cerca de 40 pares de mãos calejadas de conhecimento que elaboram tantos processos que findam em um dos alimentos mais simples e populares da culinária.

FARINHADA DE TAUPIRANGA

Mandioca, macaxeira ou aipim? Como é que você chama aí? Lá em Tauapiranga, antigo São João do Barro Vermelho, o que importa é que depois da colheita as famílias de Seu Manoel, de Seu Doquinha e Seu Cícero se juntam por quatro dias para a tal da farinhada.

É trabalho que não acaba mais, debaixo de sol quente e fogo ardente a produção de cerca de 50 quilos de farinha é de lei. A reportagem do Farol de Notícias recebeu convite para a próxima, em agosto tem mais Farinhada em Tauapiranga.

Deveria mesmo era virar uma festa grande no distrito, um nome bom de publicidade desse. Quem percebeu a beleza do empreendimento popular foi a faroleira e amiga da família Rosa Menezes. Veja as imagens bonitas da Casa de Farinha São João do Seu Manoel Moura. E viva a tradição do Sertão!