PTSetenta e duas horas depois do ex-secretário de Educação de Serra Talhada, Israel Alves da Silveira, ter revelado um rombo nas contas do Fundo Municipal de Educação (FME) em torno de R$ 2, 7 milhões, o silêncio imperou como resposta entre os integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT). Nem mesmo o prefeito Luciano Duque se atreveu em lançar qualquer justificativa para atenuar a mais grave denúncia que pesa sobre o governo.

O detalhe é que o fato não foi revelado por um membro da oposição, mas por um ex-integrante da máquina petista. De acordo com Israel Silveira, ex-secretário de Educação, o prefeito não repassou, mesmo por força de lei, o montante de dinheiro ao Fundo Municipal de Educação, provocando uma série de atrasos no pagamento de fornecedores. Ainda segundo Silveira, o prefeito Luciano Duque desejava passar um “rolo compressor” sobre os seus princípios.

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“Acho que isso deve ser muito esclarecido porque o que o ex-secretário falou foi muito grave. Me preocupa o silêncio do PT diante tudo isso. Ninguém fala absolutamente nada. Sequer uma nota oficial foi lançada”, disse um membro do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores, pedindo para não ser identificado.

Mas se o governo utilizou a tática da avestruz, a oposição resolveu sair das cordas. Na próxima segunda-feira (17) o vereador Gilson Pereira (PSD), líder da oposição, vai ingressar com um requerimento solicitando a presença do ex-secretário Silveira, ao plenário do Legislativo, para prestar esclarecimentos sobre o episódio.