Catadora de recicláveis de Serra Talhada diz que foi desamparadaPublicado às 04h40 desta sábado (15)

Uma catadora de materiais recicláveis de Serra Talhada se viu em desespero por ter sua principal fonte de renda prejudicada pela implantação da coleta seletiva em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e o Instituto Recicleiros.

Nessa sexta-feira (14), dona Maria José Lima da Silva, 56 anos, moradora do bairro Vila Bela, catadora de materiais recicláveis há mais de dois anos disse que não sabe como ficará sua renda. Em conversa com o Farol de Notícias, a catadora contou que com a venda de papelão, plástico e metais consegue apurar entre R$ 500 e R$ 350 por mês.

O valor, junto com o que recebe do Auxílio Brasil, a ajuda a pagas suas contas e criar três netos que moram com ela. Além disso, Maria José comentou que sente muitas dores na coluna e não pode carregar muito peso, portanto sua venda é mínima.

“Eu estou aqui sem saber como vai ser quando colocarem essa coleta na rua, porque a gente que vive disso já tira tão pouco. Eu ando com uma motinha e uma carroça velha pela cidade procurando nos lixos o que vender, mas agora com o carro da reciclagem vai ficar difícil de encontrar. É pouco o que eu ganho, mas me ajuda a comprar as coisas para meus netos. E não sou sou eu que vivo desse jeito, tem muita gente que trabalha catando e passa por necessidade também. Como a gente vai ficar?”, comentou a serra-talhadense.

OUTRO LADO

A reportagem do Farol de Notícias entrou em contato com a Secretaria de Meio Ambiente para ouvir mais sobre o caso através do secretário da pasta, Sinézio Rodrigues. O gestor informou que entrará em contato com o setor para analisar o caso da catadora e se posicionará em seguida.