Do Diario de Pernambuco

De acordo com uma pesquisa publicada no Portal MedRxiv foi descoberta na França uma nova cepa da Covid-19 que possui 46 mutações. A variante do SARS-CoV-2 denominada de B.1.640.2 foi detectada pela primeira vez por cientistas do Instituto Mediterrâneo de Infecção do Centro Hospitalar Universitário (IHU) em meados de dezembro de 2021.

A equipe dos pesquisadores franceses informou também no Twitter que a nova cepa foi encontrada em um grupo de pacientes da cidade de Forcalquier, no departamento de Alpes da Alta Provença. “Um conjunto de 12 casos de uma variante de combinação atípica foram confirmados perto da área de Marselha, com relatos sugerindo que muitos desses pacientes necessitavam de hospitalização. Denominamo-la de variante IHU. Dois novos genomas acabam de ser apresentados”, escreveu o professor Philippe Colson, chefe do departamento que descobriu a variante.

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Para os cientistas essa nova variante pode tornar o vírus mais transmissível e resistente às vacinas. Isto porque testes mostraram que essa cepa da Covid tem a mutação E484K, que se supõe fazer com que o vírus seja mais resistente aos imunizantes e também apresenta a mutação N501Y que foi originalmente descoberta na variante Alpha. Esta última característica pode tornar a cepa mais contagiosa.

Segundo ainda o artigo do Portal MedRxiv, o primeiro caso registrado foi em um homem totalmente vacinado que havia voltado em novembro de uma viagem a República dos Camarões, na África. Após três dias do seu retorno, ele contou ter testado positivo para o novo coronavírus, desenvolvendo sintomas respiratórios leves.

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Apesar dos autores da publicação admitir que seja muito cedo para especular sobre as características virológicas, epidemiológicas ou clínicas desta variante IHU com base nesses 12 casos, eles destacaram a relevância dos testes e da vigilância genômica. “Estas observações mostram, uma vez mais, a imprevisibilidade do aparecimento de novas variantes de SARS-CoV-2 e da sua introdução a partir do exterior, e exemplificam a dificuldade de controlar essa introdução e subsequente propagação”, disse Philippe Colson.