Clínica é investigada por dopar idosos para “economizar” cuidadores

Foto: Polícia Civil

Por Metrópoles

 

Uma casa de cuidado para idosos de Valparaíso de Goiás é investigada pela Polícia Civil por suposta prática de dopagem dos internos. Agentes da PC-GO foram ao local na última quinta-feira (25/5) e encontraram 38 pessoas sob cuidados de apenas dois funcionários.

Chamada de Operação Fraterno, a ação ocorreu após denúncias de que a administração da casa estaria dopando idosos à noite para não precisar contratar mais cuidadores para o período. Diversos medicamentos sem receitas foram apreendidos pelos agentes.

Inicialmente, a diligência foi realizada durante o dia, mas nada chamou a atenção das autoridades. Somente quando retornaram no período da noite os agentes notaram a disparidade entre o número de cuidaddore e o de idosos. Alguns dos internos dormiam nos corredores e na sala de fisioterapia.

Além disso, medicações de uso restrito foram encontradas sem o devido receituário no escritório da responsável. O nome da instituição e o da proprietária do negócio não foram divulgados pela Polícia Civil.

Enquanto isso, também foram encontrados receituários em branco e outros já preenchidos, mas sem assinatura do médico ou médica responsável. Um pilão usado para transformar em pó os comprimidos foi encontrado próximo à comida dos idosos. Baratas também foram avistadas.

As imagens das câmeras de segurança foram apreendidas pela Polícia Civil. Duas cuidadoras foram ouvidas pelos agentes da 1ª Delegacia da Polícia Civil de Valparaíso de Goiás e, em seguida, liberadas.

A mulher responsável pela casa de idosos, a despeito de não ter sido encontrada pelos policiais, é investigada por colocar em risco a saúde dos idosos e por fornecer medicamentos sem receita médica. Os idosos, enquanto isso, são acompanhados pelo Ministério Público de Goás.