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Atualizado às 15h28 desta terça-feira (18)

O líder da oposição na Câmara Municipal de Serra Talhada, Gilson Pereira (PSD), levantou graves acusações que colocam em xeque a idoneidade de parte da bancada governista, e da própria Casa Joaquim de Souza Melo. Falando à rádio Cultura FM, logo após a sessão legislativa, o parlamentar insinuou que alguns de seus pares estariam recebendo dinheiro para evitar que as contas do ex-prefeito Carlos Evandro (PSB) fossem julgadas na CMST. “Carlão” entrou com Ação Rescisória no Tribunal de Contas do Estado (TCE) pedindo reavaliação do parecer que julgou irregulares suas contas de 2008.

Apesar das sérias acusações, Gilson Pereira declarou, em entrevista à rádio, que não poderia revelar o valor da suposta recompensa que estaria sendo oferecida em troca do silêncio em relação à votação polêmica. “O que aconteceu aqui foi uma imoralidade. Tem coisa no ar aí… Essa sessão não deveria ser suspensa, porque o artigo 489 do Código Processual Civil diz que a ação rescisória não tem efeito suspensivo. Ou seja, não pode suspender isso aqui. Mas o que tem aqui é muito é dinheiro! Tem gente comprada andando de jumento e cavalo por aí”, disparou o oposicionista, sem medir a gravidade das acusações.

Ainda, durante a entrevista à Cultura FM, o vereador Gilson Pereira chamou o presidente da Câmara, José Raimundo (PTB), de imoral, por que o petebista não teria concedido, após a sessão, o direito de entrar com um pedido para anulá-la. “Eu tenho que pedir para constar (na mesa), mas ele não deixou, não! Não deixou! É imoral, é imoral, é imoral. Todo mundo sabe em Serra Talhada que ele é imoral”, disparou o líder da oposição, indignado.