A Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST) aprovou, nesta segunda-feira (2), a Lei Orçamentária Anual (LOA) que garante investimentos na ordem de R$ 160 milhões em 2014 para o executivo. O projeto foi aprovado por unanimidade, mas houve divisão na hora de votar a emenda que garante liberdade para o prefeito Luciano Duque (PT) executar o orçamento sem ter a fiscalização do parlamento.

Duas propostas foram apresentadas: a primeira, de autoria da bancada da oposição, que garantia uma margem de remanejamento de apenas 10% do orçamento. “Francamente eu acho temerário dar 20% ao prefeito para ele manipular como quiser. Somos contra e apresentamos a emenda de 10%”, disse Gilson Pereira (PSD), fazendo a defesa da emenda na tribuna.

A segunda emenda foi da base governista que garante uma margem maior, de 20%, para Luciano Duque fazer operações sem precisar da autorização da Câmara. Em regime de votação, os governistas derrotaram a emenda da oposição e aprovaram o remanejo de 20% pelo placar de 8 x 5.

Dois vereadores faltaram a sessão. Com a aprovação, Duque poderá trabalhar cerca de R$ 32 milhões do orçamento sem pedir qualquer autorização aos vereadores. A vontade do prefeito era trabalhar com uma margem de 40% da Lei Orçamentária Anual (LOA).

Da bancada governista apenas o vereador Sinézio Rodrigues (PT) fez questão de justificar seu voto em favor dos 20% para Luciano Duque. “Votei a favor por ser o primeiro ano do governo que teve uma série de dificuldades, mas no próximo ano irei votar contra”, declarou Rodrigues.