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Fotos: Farol de Notícias/Alejandro García

Dezenas de comerciantes que trabalham no pátio da feira livre de Serra Talhada, no Centro da cidade, estão revoltados com insegurança do local durante os fins de semana. Em contato com o FAROL, eles denunciam constantes furtos de mercadorias, principalmente, calçados e materiais eletrônicos. Só neste último domingo (24), pelo menos três lojas sofreram prejuízos após ação de ladrões. Os feirantes alertam que está faltando fiscalização por parte da guarda municipal, que é o órgão responsável pela vigilância. Há relatos de que alguns guardas estariam ingerindo bebida alcoólica durante o expediente. À noite, lonas estão sendo rasgadas.

“Agora, um guarda desse é muito fácil, ele só sabe chegar aqui dormir e no fim do mês receber o dinheiroDSC_0102 dele. Vem acontecendo vários problemas com essas bancas, como a minha que de ontem para hoje completa quatro vezes que foi roubada. Nessa segunda-feira (25) levaram oito pares de sapato, há duas semanas foram roubadas três bancas, nenhum guarda diz nada, nem aparece ninguém para resolver e a pessoa que perde”, declarou o comerciante Doda da Feira, de 52 anos; desabafando: “A gente nem está mais prestando boletim de ocorrência porque não tem ladrão, não aparece ladrão, já foi pego gente aqui e eles levam para lá, o ladrão vai embora e não dá em nada”, desabafou o feirante.

Já de acordo com Emerson Pereira, 30 anos, o prejuízo que vem tendo, por causa da falta de vigilância; DSC_0114soma um total de R$ 5 mil. “Fui roubado em dezembro, no natal. Levaram 90 calças jeans. Meu prejuízo aqui já está em uns R$ 5 mil. Fiz boletim de ocorrência, mas a polícia não veio. O que eles dizem é que já tem muita queixa de roubo na feira. Aqui é inseguro, a gente dorme com um olho aberto e outro fechado pensando nas mercadorias. Ninguém tem segurança, segurança de nada”, lamenta.

SENSAÇÃO DE IMPUNIDADE

Ainda de acordo com os feirantes a sensação de impunidade é tão grande que muitos já estão deixando de prestar queixa na delegacia de Polícia Civil. “Não nos sentimos seguros e nem adianta prestar queixa. Ninguém aparece aqui para saber como estamos. Uma vez pegamos alguém aqui dentro, levamos para a delegacia e o delegado disse que não tinha provas para prendê-lo,” lamenta Williane Ferraz, 26 anos. Os furtos estão acontecendo, principalmente, aos domingos segundo os feirantes.

“Juntando as quatro vezes que fui assaltado já dá mais R$ 2 mil. Hoje mesmo acordar e saber que perdeu R$ 600 é muito ruim, eu apuro R$ 200 e perco R$ 600. Eles arrombam com faca com vidro, rasgam a lona e levam os calçados. Oito pares de sapato não é tão fácil de levar, uma sacola normal cabe dois, e ninguém vê. Aqui não precisa mais colocar guarda não, para estarmos sendo roubados desse jeito, os vigias só sabem receber no fim do mês e dizer que o prefeito não pagou, agora, olhar que é bom não vejo eles fazendo isso. Se houvesse uma boa fiscalização não roubariam desse tanto de gente. Roubo por cima de rouba, toda semana”, relatou Doda da Feira.

O OUTRO LADO

O FAROL tentou entrar em contato com a guarda municipal, por telefone, para obter uma resposta sobre a falta de segurança na feira. Por celular, o comandante da guarda José Givaldo Souza disse que estava em uma reunião e não poderia falar sobre o caso até o fechamento desta edição (11h30).

Feirantes estão preocupados; lonas estão sendo rasgadas

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