Do G1

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um comício no domingo (13) em um local totalmente coberto, em Nevada. As autoridades do estado afirmaram que foi uma ação imprudente que violou as restrições impostas devido à pandemia do coronavírus.

Em junho, Trump fez um comício em local fechado na cidade de Tulsa. Os casos de coronavírus aumentaram na região nas semanas seguintes àquela manifestação, e as autoridades de saúde locais disseram que era “mais do que provável” que os grandes eventos tenham sido um fator crucial.

No evento do último domingo, em Henderson, um subúrbio de Las Vegas, Trump aplaudiu sua própria forma de lidar com a pandemia, que matou quase 195 mil americanos. Este é o número mais alto de óbitos de um país em todo mundo.

“Fizemos um trabalho maravilhoso. Não estão nos dando nenhum crédito pelo trabalho que fizemos”, disse ele à multidão, acrescentando que sua liderança “salvou milhões de vidas”.
O governador do estado é o democrata Steve Sisolak. Em uma rede social, ele atacou o evento: “Esta noite, o presidente Donald Trump está tomando ações imprudentes e egoístas que colocam em risco inúmeras vidas aqui em Nevada”.

As autoridades locais destacaram que eventos com mais de 50 pessoas não são permitidos pelo coronavírus. “A cidade de Henderson enviou uma carta e um aviso verbal ao organizador do evento de que o evento, conforme planejado, violaria diretamente as diretrizes de emergência do governador para a Covid-19”, disse a porta-voz local, Kathleen Richards.

Resposta da campanha

Durante o comício, Trump convocou a multidão a “dizer a seu governador para abrir seu estado”.

A campanha de Trump alegou que, no evento de Nevada, os participantes teriam suas temperaturas verificadas na entrada e receberiam máscaras.

“Se você puder se reunir com dezenas de milhares de pessoas para protestar nas ruas, ou queimar pequenas empresas em tumultos, você pode se reunir pacificamente sob a Primeira Emenda para ouvir o presidente dos Estados Unidos”, disse o diretor de Comunicação da campanha de Trump, Tim Murtaugh, à imprensa.