Como a crise do lixo afetou o cronograma da coleta em ST

Na noite desta última sexta-feira (05) a Prefeitura Municipal de Serra Talhada anunciou um calendário emergencial da coleta de resíduos sólidos no município. A medida foi tomada após a denúncia de moradores sobre a sujeira das ruas devido a falta de recolhimento do lixo domiciliar.

O problema da coleta se agravou após a desativação do transbordo onde o lixo estava sendo descartado de forma irregular, segundo o TCE-PE que ordenou o fechamento imediato do local. Além disso, quatro caminhões compactadores responsáveis por recolher os resíduos estão quebrados e sem previsão de conserto.

Segundo o novo cronograma, os coletores trabalharam durante este sábado (06) nos bairros: Bom Jesus, Borborema, Malhada, Baixa Renda, Vila Bela, Cohab, Tancredo Neves, Cagepe, José Tomé de Souza (Mutirão), Universitário, Jardim das Oliveiras; e nos distritos de  Varzinha, Santa Rita e Bernardo Vieira.

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Os bairros Ipsep. Caxixola, Alto da Conceição, Aabb e Varzea não estão inclusos no calendário emergencial. A secretaria de Serviços Públicos informou que em breve as novas datas para estas localidades serão divulgadas.

CRISE DO LIXO EM ST

Entenda como tudo começou

Cumprindo a determinação do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE), a prefeitura realizou, durante os últimos dias de 2023, a limpeza do transbordo e enviou o lixo para o aterro sanitário de Afogados da Ingazeira.

O local que deveria ser temporário para os resíduos coletados pelos caminhões compactadores foi fechado por ordem do TCE que após ser acionado pelo vereador Vandinho da Saúde, fez uma vistoria técnica e constatou as irregularidades.

A denúncia do parlamentar expôs uma crise na coleta do lixo que, segundo ele, foi provocada pela incompetência da gestão municipal. “E tem mais: as empresas Piomonte e a CR Ambiental, que prestam serviços ao governo municipal, infelizmente, a Piomonte, que tem que pagar aos garis, está há quase quatro meses que não recebe nada. São mais de R$ 3,6 milhões. E a CR Ambiental tem um crédito de quase R$ 2 milhões. Por isso que está um caos em Serra Talhada, por falta da pagamento às empresas que recolhem lixo”, contou Vandinho.

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COMO REAGIU A GESTÃO MÁRCIA CONRADO

Antes da vista do TCE-PE, o secretariado responsável tanto pela pauta da limpeza urbana quanto pela pauta ambiental não comentou sobre o caso. E só após o veredito do Tribunal é que a Secretaria de Serviços Públicos noticiou que o transbordo passaria por obras com o intuito de diminuir os impactos ambientais de seu funcionamento.

E por falar em impacto ambiental…

Após o caso repercutir em nível estadual, a reportagem do Farol ouviu as duas autoridades municipais na gestão de Meio Ambiente e quis saber quais  ações eles estavam tomando para resolver o problema junto ao governo municipal.

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O presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente, Ercílio Ferrari, confirmou que havia irregularidades no transbordo e que a coleta de lixo estava prejudicada pela quebra de um dos caminhões, mas afirmou que apesar da Amma ser o órgão de fiscalização e licenciamento ambiental do município, a responsabilidade de licenciar o transbordo era da Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH. Ercílio reforçou que a Amma continuaria monitorando o caso.

Já o Sinézio Rodrigues, Secretário Municipal de Meio Ambiente, explicou que a Secretaria de Meio Ambiente (SEMMA) não tinha a competência de agir sobre a contaminação do solo causada pelo lixo irregular, mas que assim que o transbordo fosse desativado, sua equipe colocaria uma placa educativa para proibir que o lixo voltasse a ser descartado de forma inapropriada.