A polêmica em torno do consumo das águas da Barragem de Serrinha está apenas começando. O reservatório com capacidade de acumular até 311 milhões de metros cúbicos d’aágua, é visto como a ‘tábua de salvação’ para a Defesa Civil de Serra Talhada que já vem abastecendo a zona rural com as águas da barragem.

“Acredito que o pessoal pode consumir a água com tranquilidade. O sabor da água é muito bom”, disse Patricio Ferraz, coordenador da Defesa Civil da Capital do Xaxado. Ele afirma que possui um laudo técnico que comprova a qualidade da água para consumo humano. “Usamos apenas pastilhas de cloro nos carros-pipas e fazemos a distribuição”, revelou Ferraz.

Já o gerente regional da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Augusto César de Lima, não comunga da mesma opinião de Patrício Ferraz e coloca em xeque a desinfecção feita apenas com as pastilhas de cloro. “A água de Serrinha é própria para consumo desde que passe por um processo de tratamento físico-químico. A simples desinfecção (com pastilhas) não garante o padrão microbiológico exigido pela portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde”, esclarece Augusto César, que também é engenheiro químico da estatal.

Enquanto as autoridades responsáveis divergem sobre o assunto, centenas de famílias continuam sendo abastecidas pelas águas de Serrinha, que são transportadas pelos carros-pipas pagos pelo Exército Brasileiro.