A Páscoa é um dos períodos católicos mais importantes do calendário anual. Assim como, é celebrado a ressurreição de Cristo. Época de fé e reflexão.

Mas também se popularizou o hábito de presentear os entes queridos com ovos de chocolate. Muitas empreendedoras começaram a fazer ovos caseiros para ajudar a complementar a renda.

A reportagem do Farol de Notícias partiu em busca de uma história de empreendedorismo no período de Páscoa, mas se deparou com um relato de fé e amor.

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Audiclere Carvalho, de 31 anos, natural de Salgueiro, mora há cerca de 9 anos em Serra Talhada, no bairro Ipsep. Bem como, é casada com o agente de saúde, José Diniz.

Ela é apaixonada por doces. Então, se tornou confeiteira após seus parentes e amigos provarem seu talento gastronômico nas festas de aniversário do filho.

Acima de tudo, a confeitaria se tornou empresa e possibilita o tratamento de seu filho José Arthur, de 10 anos. Ele tem AME Tipo 1, e necessita de home care e UTI em casa, por exemplo.

“Ele é o motivo da minha doce jornada no mundo da confeitaria”, destacou.

De acordo com o Ministério da Saúde, a AME – Atrofia Muscular Espinhal – é uma doença rara, degenerativa, e genética. Assim como, ela interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores.

DOCES COM AMOR

Em conversa com o Farol, ela disse que começou a fazer ovos de Páscoa há cerca de 7 anos. Nesse meio tempo, chega a vender cerca de 50 unidades do produto. Os preços variam de R$ 3 a R$ 55.

As imagens de divulgação dos ovos caseiros de Audiclere são de dar água na boca. Do mesmo modo, condizem com o preço e o sabor que cabe no bolso da população.

Confira mais sobre a J Arthur Confeitaria no Instagram @jarthurconfeitaria.

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“Meu esposo é agente de saúde, atua em Floresta e morávamos lá. Quando Arthur nasceu tivemos que investigar a AME devido os sintomas. Fizemos alguns exames aqui em Serra, mas precisamos passar um período morando em Recife, na época não tinha UTI pediátrica em Serra Talhada e nem Floresta. O nosso sonho sempre foi voltar para o Sertão. “, relembrou a mãe confeiteira, continuando:

“Nos aniversários dele eu sempre fazia os doces e bolo. O pessoal da família gostava bastante. Logo depois, começaram a me pedir para fazer e iniciamos a confeitaria. Com o CNPJ dela, hoje conseguimos um bom plano de saúde para Arthur e complementar a renda para os tratamentos dele. A princípio, montamos tudo que ele precisa em casa. Agora, estamos equipando a confeitaria. Eu consigo trabalhar com o que amo, da mesma forma, cuidar do meu filho. Deus sempre soube de todas as coisas”.