Mais cedo neste domingo, a televisão estatal norte-coreana informou que o país colocou em órbita um satélite com sucesso após o lançamento de um foguete. O comunicado afirma que a Coreia do Norte irá lançar mais satélites e que o lançamento foi ordenado pelo líder do país, Kim Jong Un. O ato despertou fortes reações de diversos países e organizações no Ocidente. Uniram-se na condenação a Pyongyang até mesmo inimigos históricos, como a Rússia e Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Em um comunicado, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse que a Coreia do Norte mais uma vez demonstrou seu desprezo pelo direito internacional. “Convido o líder norte-coreano para pensar se a política de se opor à comunidade internacional está servindo aos interesses do país”, escreveu o chanceler russo.
Com um tom mais duro, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que o lançamento do foguete pela Coreia do Norte é uma “violação direta” às resoluções da ONU. “Continuamos a pedir às autoridades da Coreia do Norte para cumprir com suas obrigações sob o direito internacional, para não ameaçar ou realizar qualquer lançamento em órbita usando tecnologia de mísseis balísticos”, disse. Outros países se juntaram na condenação à Coreia do Norte. O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse que Pyongyang “ignorou mais uma vez os alertas da comunidade internacional por meio de uma provocação irresponsável”. Já o presidente da França, François Hollande, pediu uma “reação rápida e severa da comunidade internacional”.