Consumo excessivo de álcool leva a danos no quadril
Consumo excessivo de álcool leva a danos no quadril; veja riscos – Foto: Shutterstock

Por Saúde em Dia

O consumo excessivo de bebida alcoólica causa uma série de prejuízos à saúde — o que não é nenhuma novidade para a medicina. Além de problemas como dependência e inflamação do corpo, o álcool, em qualquer quantidade, também faz mal ao cérebro. Mas não só isso: beber de maneira exagerada pode levar a problemas nas articulações, especialmente o quadril.

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De acordo com o médico ortopedista especialista em joelho e quadril, Dr. Isaias Chaves, o consumo excessivo de álcool, além de causar quedas e traumas devido a perturbação motora que a bebida proporciona, é também um fator risco para a osteonecrose da cabeça femoral, também conhecida como necrose avascular.

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Sintomas e diagnóstico

“Essa condição gera interrupção do suprimento sanguíneo para a cabeça do fêmur, o que leva à morte do tecido ósseo na região do quadril”, alerta o especialista. Segundo ele, os sintomas podem variar de dores no quadril, dificuldade para andar e até mesmo dores no joelho, apesar da doença atingir outra articulação.

“Devido a variedade de sintomas, o diagnóstico na fase inicial muitas vezes passa despercebido, recebendo o paciente o diagnóstico errado de tendinites ou bursites do quadril”, diz o médico.

Prevenção e tratamento

A única forma de prevenir a osteonecrose é não beber de forma excessiva, aponta o ortopedista. Vale destacar ainda que, após a ocorrência da osteonecrose, a lesão instalada na cabeça femoral não regride, tornando a articulação suscetível ao surgimento de desnivelamentos da superfície articular e artrose precoce do quadril.

Conforme o especialista, a osteonecrose é uma das principais causas de artrose do quadril em pacientes jovens com indicação de tratamento cirúrgico. O procedimento indicado para tratamento definitivo em quadros de artrose por osteonecrose é a prótese total de quadril.

“A melhor prevenção é não abusar no uso do álcool. Isso porque, depois que a doença se instala, sua piora progressiva é o mais comum, gerando dor e incapacidade funcional no paciente”, adverte Isaías.