Contratados denunciam ameaça do gov. Márcia caso adiram à grevePublicado às 21h desta sexta (10)

Enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam através de contratos temporários no governo Márcia Conrado estão sendo coagidos com ameaças de demissão caso adiram à greve na categoria deflagrada nesta sexta-feira (10) [veja aqui]. O Farol recebeu a denúncia de profissionais contratados que pedem para ter a identidade reservada, por receio de enfrentar mais perseguição.

Eles contam que a prefeita Márcia Conrado e a sogra dela, a secretária de Saúde Lisbeth Rosa Lima, teriam orientado coordenadoras de saúde a irem nas unidades conferir quem está aderindo à greve e dizendo que isso vai dar em demissão. A greve acontece em nível nacional visando reivindicar o reajuste do novo piso salarial da categoria aprovado em 2022, pela Lei nº 14.434, para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras.

“Em Serra Talhada, está acontecendo que nós contratados fomos coagidos e ameaçados de demissão. As pessoas que aderiram à greve estão sendo coagidas e ameaçadas a perderem seus empregos. Eu sou contratada e me informaram que as coordenadoras estão passando nas unidades [de saúde] na surdina, não estão ligando nem passando mensagem para não ficar provas, para ver quem são os profissionais que aderiram à greve”, disse a servidora contratada, detalhando:

“E ameaçando e coagindo dizendo que quem não voltar ao trabalho será demitido, então isso é um falta de respeito. E essas coordenadoras são enfermeiras! E estão contra a classe. A nossa prefeita [Márcia] e a nossa secretária de Saúde estão fazendo com que as coordenadoras coajam enfermeiras, enfermeiros e os técnicos dizendo que quem não voltar a trabalhar vai ser demitido”.

O OUTRO LADO

O Farol entrou em contato com a Assessoria de Comunicação do governo Márcia Conrado que disse que enviou a denúncia para a Secretaria de Saúde. Mas até o fechamento desta matéria não obtivemos resposta.