Do Diario de PE

Os Correios fecharam o ano de 2021 com lucro acima de R$ 3 bilhões, recorde histórico dos últimos 11 anos. De acordo com informações da presidência da empresa, a estatal mais que dobrou o valor registrado de 2020, quando a companhia postal obteve lucro de R$ 1,53 bilhão.

Ainda de acordo com informações confirmadas pela presidência dos Correios, são os melhores indicadores da empresa nos últimos 22 anos.

Entre os principais motivos para o crescimento da empresa está o comércio eletrônico. Durante as maiores datas promocionais do comércio eletrônico brasileiro e internacional (Black Friday e Singles Day), o crescimento de volumes de encomendas foi superior a 40%, quando comparado aos mesmos períodos de 2020.

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A empresa contabilizou recordes no fluxo de encomendas, a exemplo da última Black Friday, quando 18,9 milhões de encomendas foram recebidas, sendo 3,4 milhões somente em 1 dia.

A empresa destaca também a redução de custos — somente no ano de 2021 houve uma economia da ordem de R$ 1,4 bilhão durante a fase de negociação das contratações efetuadas pela estatal.

Privatização

Mesmo com lucro, a empresa está na lista de desestatização do governo federal. No entanto, o projeto de lei nº 591/2021 está parado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Uma consulta pública exigida pelo Tribunal de Contas da União (TCU) está em curso pelo Ministério das Comunicações.

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Enquanto isso, a empresa faz planos. Dentre os números projetados para os próximos cinco anos, estão a expectativa de que o volume de encomendas seja dobrado. Os Correios ressaltam a importância de dobrar o resultado da receita e triplicar o patrimônio líquido.

Para o vice-presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP), Marcos César Alves Silva, a estatal prova, mais uma vez, que é uma empresa lucrativa. “Por isso, entre outros motivos, a privatização dos Correios é um erro. A privatização dos Correios é uma coisa errada. Essa discussão deveria ser, pelo menos, adiada”, avalia.