Cresce atendimento infanto-juvenil suicidas em STPublicado 05h47 deste sábado (17)

Ainda dentro da campanha do Setembro Amarelo, profissionais de saúde que atuam diretamente com o tratamento da saúde mental chamam a atenção para o aumento de casos de suicídio e com pensamentos de tirar a própria vida. O Farol de Notícias conversou com a Neuropsicóloga Ana Estevam (CRP-02/18026) sobre o assunto, segundo ela, o problema tem atingido pessoas de todas as idades.

“Atualmente venho percebendo um aumento no número de atendimento infantil e adolescente relacionado a queixas sobre pensamentos suicidas. Isto precisa ser visto como um sinal gritante de sofrimento emocional vivido pelo sujeito, esta pessoa precisa de ajuda urgente. Geralmente, o paciente suicida apresenta um adoecimento psiquiátrico como a depressão, por exemplo, que pode leva-lo ao suicídio. a psicoterapia vai ensinar o paciente a combater os pensamentos disfuncionais que geram as emoções negativas”, explicou Estevam, continuando:

“Essa nova formulação de pensamentos vai ajudar o paciente a enfrentar a vida de forma mais positiva e sem tantos medos, melhorando os sintomas de sua depressão. em muitos casos pacientes com pensamentos suicidas devem também ser acompanhados por um médico psiquiatra para uso de medicação adequada. o conjunto das duas coisas será bem mais eficaz  para o sucesso do tratamento”.

COMO PREVENIR O SUICÍDIO?

a prevenção do suicídio se dá com o cuidado da saúde mental quando ainda se percebe sinais menores como a tristeza, o medo, a insegurança e tantas outras queixas que uma pessoa pode apresentar e que muitas vezes não damos a devida importância.

“A partir do momento em que percebemos mudança bruscas no comportamento ou nos hábitos de vida, isolamento social, mudanças no humor, relatos negativos sobre si ou sobre o mundo. Até mesmo frases formuladas de desesperança sobre a vida, devemos levar em consideração a ideação suicida e urgentemente buscar ajuda para esta pessoa, pois em sua grande maioria o paciente suicida não consegue identificar sozinho seu problema.

SAIBA COMO AJUDAR

Ainda conforme afirma a psicóloga Ana Estevam, em caso de uma tentativa de suicídio, as pessoas que formam a rede de apoio do paciente em sofrimento podem tomar algumas atitudes para ajudar a encaminhar a pessoa para o tratamento adequado na rede de saúde municipal, estadual ou mesmo particular.

1 – A primeira coisa é tentar manter a calma para agir da melhor forma possível;

“Nesse momento você precisa encaminhar o paciente para uma emergência hospitalar onde vão ser feitos os socorros devidos”.

2 – Após socorrer este paciente lembre-se de não agir com cobranças;

“Com frases do tipo ‘mas você tem tudo…’ ou ‘isso é falta de Deus’, pois estes julgamentos podem intensificar o sentimento negativo da pessoa fazendo com que novas tentativas de suicídio sejam feitas. ao invés disso mostre apoio à sensação que a pessoa sente e deixe com que ela se sinta protegida, amada e acolhida”.

3 – Após a alta hospitalar tenha o cuidado de levar o paciente para uma avaliação psiquiátrica e posteriormente para um acompanhamento psicológico;

“O tratamento do paciente suicida leva um tempo e não deve ser interrompido”.