Foto: Reprodução/Instagram

Por Metrópoles

 

Um criminoso do Rio Grande do Sul tem abordado fãs da cantora Marília Mendonça com fotos do corpo da artista durante um procedimento de necrópsia. Ele envia imagens e tenta vender outras. O pagamento deveria ser feito por meio de Pix: “Tenho até do crânio, que é mais difícil”.

Cristian Cordeiro Apolo conseguiu contatos em grupos de fãs de Marília no WhatsApp. Ele aborda as pessoas já enviando algumas imagens da cantora falecida e cobrando por outros registros criminosos. O valor dos registros varia entre R$ 2 e R$ 10. “Tenho as 10, e já derrubaram todos os sites que tinha”, diz, vangloriando-se por ter as fotos vazadas do Instituto Médico Legal (IML).

O homem divulga um número de CPF como chave Pix. Por meio do documento é possível confirmar que há uma empresa registrada como Microempreendedor Individual (MEI), sediada em Caxias do Sul (RS). Apesar disso, o número de telefone usado pelo criminoso para abordar os fãs da cantora tem um DDD do estado de São Paulo.

A reportagem optou por não expor a foto que o homem usa nas redes sociais devido à possibilidade de ser de outra pessoa. Um dos fãs abordados por ele diz ter ficado em choque com as imagens. “Eu tinha o sonho de conhecer a Marília, amo demais aquela mulher, e não queria ter visto ela daquele jeito. Foi muito ruim”, desabafou, sem se identificar.

Prisão

No Distrito Federal, um criminoso que também espalhava fotos de corpos de artistas falecidos, como Marília Mendonça, Cristiano Araújo e Gabriel Diniz, acabou preso. A Polícia Civil do DF (PCDF) deteve o homem na cidade de Santa Maria, em 17 de abril, após ação da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC).

A investigação apontou que ele compartilhava o conteúdo criminoso indiscriminadamente. A operação, batizada de Fenrir – na mitologia nórdica, Fenrir é um lobo monstruoso –, teve o objetivo de reprimir os crimes envolvendo o vazamento desse tipo de imagem na internet.

O homem preso tem 22 anos e utilizou o Twitter para difundir as imagens dos artistas falecidos. As fotos foram obtidas de forma clandestina e distribuídas sem qualquer tipo de autorização na internet. No Brasil, a pena para quem pratica o crime de vilipêndio de cadáver pode ser detenção de 1 a 3 anos e pagamento de multa, conforme o art. 212 do Código Penal.