Com informações de Inaldo Sampaio

O deputado Inocêncio Oliveira (PR) não levou em consideração o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e fez uma defesa apaixonada, nesta quarta-feira(11), do deputado João Paulo Cunha (PT) que foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão em regime fechado, por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato.

João Paulo foi presidente da Câmara Federal entre 2003 e 2005, exatamente no período  das operações do mensalão petista. Na época, Inocêncio era o seu vice-presidente.

“Eu gostaria de dizer a V.Exa., ao plenário e ao Brasil que eu fui vice-presidente por 2 anos de V. Exa. e posso dizer, em alto e bom som, da lisura, da honestidade, da seriedade com que V. Exa. sempre tratou a coisa pública. Este testemunho é espontâneo. Não sabia sequer que V.Exa. iria falar agora. Eu vinha da reunião do Centro de Estudos e Debates Estratégico, mas não poderia faltar com a verdade”, desabafou Inocêncio Oliveira, arrematando:

“Eu prefiro estar com a minha verdade. Com as preces a Deus, eu sou feliz, porque eu acredito em Deus, na força suprema do Criador e na felicidade dos que creem. Por isso, meu caro amigo João Paulo Cunha, receba a minha solidariedade total e absoluta”.

Já o deputado João Paulo Cunha preferiu partir para o ataque ao Supremo Tribunal Federal. “Passados 8 anos (do início do processo do mensalão), não encontraram e não encontrarão nada porque não existe a ser encontrado na minha vida. Este processo é cruel, este processo é duro, mas há que ser enfrentado”, disse João Paulo, afirmando que foi condenado sem provas.