Depois do Carnaval, todo mundo vai ter de conversar em nome do paísG1

Depois do Carnaval, todo mundo em Brasília vai ter de sentar e conversar em nome do país. Palácio do Planalto, Congresso Nacional e governadores vão ter de acalmar os ânimos e se acertarem. Caso contrário, quem vai pagar o preço desta tensão será o Brasil. O recado é do líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

O fato é que o Carnaval chega com o clima ainda pesado em Brasília na guerra entre os poderes Legislativo e Executivo. O senador Eduardo Gomes acredita que esse clima não vai perdurar até o dia 3 de março, quando as duas Casas do Legislativo devem voltar a ter quórum para votação.

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“Essa temperatura não vai permanecer até o dia 3. O Carnaval vai servir para afinar o samba”, espera o senador.

O líder diz que, em nome do país, todos os envolvidos no atual embate vão ter de se entender e negociar um calendário para votação das reformas.

“Aí é todo mundo mesmo, Palácio do Planalto, Senado, Câmara, governadores e prefeitos”, avaliou.

Para ele, durante o Carnaval, os parlamentares já vão ouvir de seus eleitores que eles querem ver Brasília produzindo resultados pela volta do crescimento.

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“A economia ainda não reagiu. O eleitor, que apoiou a reforma da Previdência, que atinge diretamente ele, quer ver agora o empenho do governo e do Congresso para aprovar as outras pautas em nome da recuperação econômica do país”, disse ele.

Dentro do Congresso, a avaliação é que o primeiro passo em nome de um entendimento precisa vir do governo. Afinal, foi do Palácio do Planalto que foram disparados os primeiros torpedos, quando o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, acusou o Congresso de chantagear o governo na votação do Orçamento Impositivo.

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Além disso, se quiser dar novo alento à economia, economistas e líderes no Congresso têm um recado para o Palácio do Planalto. Não dá mais para postergar o envio das reformas administrativa e tributária ao Congresso. Elas precisam ser enviadas logo depois do Carnaval, já que o plano ideal não aconteceu, que elas já estivessem tramitando no Congresso.

Depois da população, trabalhadores e empresários, o principal interessado no andamento deveria ser o governo, mas até agora ele está perdido nas divisões e prejudicando a si próprio.