O projeto de transformar Serra Talhada em macro-regional do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) pode ir da água abaixo. O FAROL apurou que o município de Arcoverde, no Sertão do Moxotó, está prestes a sediar este empreendimento por pura negligência da Prefeitura de Serra Talhada.

Sendo a obra tripartite, os governos do Estado e Federal já fizeram o seu aporte e até agora não houve a contrapartida da prefeitura.

“Até agora não tem um centavo sequer da prefeitura e a cidade pode perder sim, este empreendimento. Uma total negligência do governo municipal”, confirmou o deputado Sebastião Oliveira, em conversa com a reportagem do FAROL.

Segundo o deputado, por conta disso, o Governo do Estado está intervindo na situação e vai cobrar uma posição do prefeito Luciano Duque (PT). “Hoje (segunda-feira) o secretario de Saúde, Antonio Figueira, está em Serra Talhada para se reunir com o prefeito, o secretário de saúde e o gestor da XI Geres, Clóvis Carvalho, para cobrar uma posição do governo”, confirmou o deputado Sebastião Oliveira,  acrescentando:

“Desde quarta-feira (13) que eu e o deputado Inocêncio Oliveira estamos conversando com o governo do Estado para impedir que Serra Talhada perca o Samu”.

De acordo com Sebastião Oliveira, faltou planejamento da prefeitura, que não colocou a obra como prioridade. “No ano passado a Secretaria de Saúde usou todos os recursos e não aportou nada para o Samu. O prefeito Luciano Duque agora diz que não tem dinheiro mas, pegou cerca de R$ 2 milhões do FEM e poderia separar R$ 350 mil para esta obra. Faltou planejamento”, disparou o deputado.

HISTÓRICO

A obra do Samu está orçada em R$ 720 mil, sendo R$ 251 mil da prefeitura, R$ 320 mil do Estado e R$ 150 mil do governo federal. Em julho, o prefeito Luciano Duque e o secretário de Saúde, Antonio Figueira fizeram uma vistoria na obra e na oportunidade o prefeito anunciou que o Samu seria inaugurado em setembro.

No dia 18 de outubro, o FAROL constatou que as obras do Samu se transformaram num grande “museu” a céu aberto. A obra foi iniciada em junho de 2012 e era para ter sido inaugurada em dezembro do ano passado. Aos poucos, o Samu foi sendo utilizado como retórica nos discursos políticos e a cidade está prestes em perder um empreendimento fundamental para região.