saude stUma mãe desesperada, moradora do bairro Vila Bela, em Serra Talhada, entrou no ar esta semana, no programa A Hora das Broncas, e fez um apelo dramático a Prefeitura de Serra Talhada. Segundo ela, que não se identificou, a falta de um medicamento no Caps Transtorno, pode levar ao internamento do filho na cadeia pública da Capital do Xaxado.

“Está faltando remédio no Caps, mês passado meu filho estava sem tomar Haldol e eu não estava sabendo, porque eles nunca me informaram que não tinha. Esse mês também não tem Haldol, que é um remédio primordial no tratamento da esquizofrenia, não tem Neozine, não tem Prometazina. A medicação é trocada conforme tenha o remédio lá. E eu quero saber do pessoal da saúde o que é que está acontecendo. Não veio verba para a saúde para comprar a medicação? Se não tinha medicamento porque não mandaram receita para a gente comprar o remédio para ele?”, disparou a mãe, em total desespero.

Ainda durante a entrevista, por telefone, a moradora denunciou que no bairro Vila Bela o atendimento no posto de saúde não acontece como deveria, e que teme que venha ter que levar o seu filho à cadeia pública, caso a situação se complique.

“Eu não quero ver meu filho ficando louco de novo, matando uma pessoa, pode ser que aconteça, por falta de responsabilidade por pessoas que deveriam ser responsáveis pela medicação. Eu queria pedir, encarecidamente. Aqui no bairro Vila Bela não tem remédio nenhum, tem um médico durante o dia e agora tem um médico dois dias por semana a noite. Eu quero saber se esse médico sabe fazer milagre, porque se ele não souber não vai servir para nada. Eu quero fazer essa denúncia e que alguma autoridade competente tome providência, porque não tem condições que um monte de paciente que tem no Caps Transtorno ficar sem medicamento, o que é que vai acontecer? Vaga na clínica não tem, o que vai acontecer? Nós vamos ter que colocar nossos pacientes na cadeia ou ter que amarrar, não tem remédio e daqui a pouco eles entram em surto. Se não for resolvido rápido eu vou na promotoria mesmo”, ameaçou.

Já Maria Aparecida Gomes, paciente do Caps 2, também denunciou falta de medicação na rede municipal de saúde.

“Eu fui lá no Caps e não recebi o medicamento. Recebi uns que não era do meu acordo, que eu tomo Amplictil de 100 e só tinha de 25, Carbolitium não tinha e Clonazepam de dez, só tinha de cinco. E eu queria comunicar que não pode não, eu já tentei suicídio por conta disso. Já perdi meus filhos, eles estão na casa de apoio por isso e estou pedindo uma ajuda a vocês para ver o que o prefeito (Luciano Duque) tem a dizer sobre isso. Falem aí com o prefeito e deem alguma notícia para mim no ar”, apelou Aparecida Gomes.