Direção do 'Massacre de Angico' nega grito 'Lula Livre'Publicado às 13h40 desta segunda (29)

Após ataques de ‘bolsonaristas’ nas redes sociais dando conta de que atores do espetáculo ao ar livre ‘O Massacre de Angicos – A morte de Lampião’ teriam gritado “Lula livre” durante o evento, a direção da peça negou que o fato tenha ocorrido. Falando ao programa Frequência Democrática, nesta segunda-feira (29), Cleonice Maria – uma das coordenadoras da empreitada artística – esclareceu que o grito “Lula Livre” ecoou durante o evento de inauguração das estátuas de Lampião, Maria Bonita e Zabelê, que aconteceu na quarta (24) [veja aqui]. As esculturas, com cerca de 2 metros, estão fixadas em frente ao Museu do Canganço.

“Ouve um ‘Lula Livre’ [sim], mas não foi no espetáculo e quem gritou fui eu mesma. Eu fiz um ‘Lula Livre’ e vou fazer sempre! Eu quero dizer mais uma vez aqui: [nas estátuas] não tem dinheiro público. Não tem um centavo de dinheiro púbico e nós estávamos emocionados e estamos ainda por conseguir entregar a Serra Talhada aquelas estátuas, e todos sabem o meu posicionamento político e de Domá. E no final do meu discurso [na inauguração das estátuas] eu encerrei gritando ‘Lula Livre’ e posso fazer isso. Já no Massacre de Angico eu não sou louca de pegar o microfone e gritar ‘Lula Livre’, ali tem dinheiro público. Mas numa atividade restrita com dinheiro particular eu posso gritar ‘Lula Livre’ quanto for necessário”, rebateu Cleonice.

Veja também:   ST entregou Central de Regulação do Samu

CENÁRIO PERMANENTE

Este ano, o espetáculo ‘O Massacre de Angico’ completou 8 anos de encenação. Conforme Cleonice Maria, o balanço do evento foi positivo especialmente pela lotação durante os cinco dias de evento. Ela destacou que, entre quarta (24) e domingo (28), a cidade recebeu muitos turistas por conta da peça e lembrou que as estátuas dos cangaceiros será mais um chamativo para a atração de pessoas. Outra novidade é que há a expectativa para o cenário do espetáculo seja agregado ao roteiro turístico do cangaço do município, como funciona com o cenário do espetáculo ‘A paixão de Cristo’, de Nova Jerusalém.

Veja também:   Trabalhador morre em supermercado no Recife

“Nós já estamos reivindicando [a permanência do cenário]. Inclusive participei de uma reunião com o presidente da Empetur, Rodrigo Novaes, e uma das coisas que falamos lá foi justamente que a gente tem esse propósito de dar uma geral ali. E o próprio prefeito Luciano Duque, a gente já havia conversado, ele mesmo tem vontade de que a gente transforme aquela área num cenário permanente, numa cidade cenográfica tipo a Nova Jerusalém mesmo, porque a gente ficaria o ano inteiro com cenário pronto e vai ser mais um atrativo para as pessoas procurem Serra Talhada. Existe já essa conversa, existe essa discussão e a gente precisa do apoio claro do secretário de Turismo, Rodrigo Novaes, e da prefeitura para poder – juntos – dar essa comodidade ao público, [pois] falta recursos”, pontuou. Cleonice negou que esteja nos planos da direção do espetáculo retirar os atores locais da peça em favor de nomes globais.

Veja também:   Polícia Civil procura serra-talhadense suspeito de matar marido da ex-mulher em Floresta

MISSA DO CANGAÇO

A semana de celebração do cangaço em Serra Talhada contou também, além do espetáculo teatral e a inauguração das estátuas, com uma missa em memória do cangaceiro mais famoso do Brasil. A missa ocorreu nesse domingo (28), no Quintal do Museu do Cangaço, também na Estação do Forró, sob a coordenação do pároco Rogério Marinho. A cerimônia contou com a presença de dezenas de pessoas, dentre elas muitos turistas que presenciaram uma bonita homenagem em memória de Lampião.

EDIÇÃO 2019: Espetáculo ‘Massacre de Angico’ atraiu milhares de pessoas durante cinco dias de evento

Direção do 'Massacre de Angico' nega grito 'Lula Livre'Direção do 'Massacre de Angico' nega grito 'Lula Livre'

LEIA TAMBÉM

Duque inaugura estátua de Lampião em ST