Publicado às 05h17 deste domingo (22)
Por Adelmo Santos, Poeta e escritor, ex-presidente da Academia Serra-talhadense de Letras (ASL)
Serra Talhada cresceu ficou toda diferente, poucas coisas continuam como eram antigamente. Varal pelo meio das ruas, as brigas e muitas intrigas, e bar com som nas alturas. Os crimes evoluíram não tem mais faca, peixeira, e a espingarda soca soca, com um tiro e uma carreira.
Hoje os crimes vêm de motos já não andam à cavalo, usam pistolas automáticas, ficou tudo organizado. Mudou o povo e as pessoas, os costumes são os mesmos, a ignorância continua como era de primeiro. O campo de aviação era o motel dos casais, de dia era do futebol e a noite era dos namorados, onde os casais chegavam indo a pé pelos aceiros, e ficavam namorando debaixo dos marmeleiros.
Por trás da Rodoviária existe alguma casa que relembra o cabaré, eu paro e fico pensando, já passaram tantos anos e a casa está em pé. O Cabaré de Nivalda, que era no Borborema, se espalhou pela cidade pra todo lado tem quengas. São garotas de programas parecendo uma franquia, elas entram nos motéis e atendem a freguesia.
Sem usar biliros e bobs, ficam lindas como damas, depois do serviço feito elas saem contando a grana. Depois que lavou tá novo, prontas para acalmar mais um Ricardão fogoso. É só voltar para o ponto e ficar rodando a bolsa, pra fazer tudo de novo. Para quem quer fazer um programa escondido, existem os aplicativos que escondem o pudor, quem escolhe corre os ricos de poder cair no mais famoso Golpe do Amor.
14 comentários em Das garotas de programa do Campo de Aviação aos motéis