SireneErivaldo Catrario de Melo, de 37 anos, e Francisco Marcílio Patrício Machado, 30, foram presos no último domingo (21) transportando armamento de artilharia pesada no município de Cabrobó, no Sertão do Estado. Eles foram abordados por policiais militares que montaram uma blitz na BR-428 para averiguar a denúncia de que as armas passariam por lá.

No carro da dupla, um Chevrolet Astra de cor branca e placas MOA-2775 de João Pessoa, foram encontrados um fuzil calibre 7.62 e uma submetralhadora artesanal 9mm. No compartimento do motor, estavam 40 munições 7.62 mm e 64 emulsões explosivas, além de dois cordões de estopim próximos às munições, que estavam escondidos no interior das portas traseiras, e 12 espoletas escondidas no interior do farol interno.

O material foi apreendido, e os dois suspeitos receberam voz de prisão em flagrante, foram informados dos seus direitos e garantias constitucionais e, em seguida, conduzidos para a Delegacia de Polícia Federal em Salgueiro, também no Sertão, onde acabaram sendo autuados por possuir, transportar ou manter sob sua guarda artefato explosivo e arma de fogo e munição de uso proibido ou restrito, sem autorização legal. Caso sejam condenados, poderão pegar penas de reclusão que variam entre três a seis anos, além de multa.

Após a autuação, os presos realizaram Exame de Corpo de Delito no Instituto de Medicina Legal (IML) e logo após foram encaminhados para a Cadeia Pública de Salgueiro, onde ficarão à disposição da Justiça.

Em seu interrogatório Erivaldo, que trabalha como motorista de lotação em Natal, disse que recebeu uma proposta por parte de um homem não identificado para que conduzisse o veículo de Natal para Petrolina, a fim de que fossem colocados armas e explosivos no interior do automóvel, tendo a incumbência de devolver o Astra com os materiais ilícitos na cidade de Natal. Já em Petrolina, se encontrou com um homem que pegou o automóvel e o levou consigo, momento em que foram colocados no interior do automóvel a submetralhadora, as munições, “rifle” e explosivos. Disse ainda que todo o contato com a pessoa de Petrolina para conseguir os materiais ilícitos foi feito pela pessoa que lhe contratou em Natal e, quando entregasse o veículo em Natal, ambos iriam receber a quantia de R$ 2 mil.

A Polícia Federal vai continuar investigando a fim de identificar quem foi a pessoa e onde foram conseguidos os armamentos e as emulsões explosivas, além do proprietário que cedeu seu veículo e contratou os dois suspeitos para irem de Natal até Petrolina. Tais materiais explosivos são utilizados para explodir terminais eletrônicos de bancos por quadrilhas localizadas em toda a região Nordeste.