No carro da dupla, um Chevrolet Astra de cor branca e placas MOA-2775 de João Pessoa, foram encontrados um fuzil calibre 7.62 e uma submetralhadora artesanal 9mm. No compartimento do motor, estavam 40 munições 7.62 mm e 64 emulsões explosivas, além de dois cordões de estopim próximos às munições, que estavam escondidos no interior das portas traseiras, e 12 espoletas escondidas no interior do farol interno.
O material foi apreendido, e os dois suspeitos receberam voz de prisão em flagrante, foram informados dos seus direitos e garantias constitucionais e, em seguida, conduzidos para a Delegacia de Polícia Federal em Salgueiro, também no Sertão, onde acabaram sendo autuados por possuir, transportar ou manter sob sua guarda artefato explosivo e arma de fogo e munição de uso proibido ou restrito, sem autorização legal. Caso sejam condenados, poderão pegar penas de reclusão que variam entre três a seis anos, além de multa.
Após a autuação, os presos realizaram Exame de Corpo de Delito no Instituto de Medicina Legal (IML) e logo após foram encaminhados para a Cadeia Pública de Salgueiro, onde ficarão à disposição da Justiça.
Em seu interrogatório Erivaldo, que trabalha como motorista de lotação em Natal, disse que recebeu uma proposta por parte de um homem não identificado para que conduzisse o veículo de Natal para Petrolina, a fim de que fossem colocados armas e explosivos no interior do automóvel, tendo a incumbência de devolver o Astra com os materiais ilícitos na cidade de Natal. Já em Petrolina, se encontrou com um homem que pegou o automóvel e o levou consigo, momento em que foram colocados no interior do automóvel a submetralhadora, as munições, “rifle” e explosivos. Disse ainda que todo o contato com a pessoa de Petrolina para conseguir os materiais ilícitos foi feito pela pessoa que lhe contratou em Natal e, quando entregasse o veículo em Natal, ambos iriam receber a quantia de R$ 2 mil.
A Polícia Federal vai continuar investigando a fim de identificar quem foi a pessoa e onde foram conseguidos os armamentos e as emulsões explosivas, além do proprietário que cedeu seu veículo e contratou os dois suspeitos para irem de Natal até Petrolina. Tais materiais explosivos são utilizados para explodir terminais eletrônicos de bancos por quadrilhas localizadas em toda a região Nordeste.